Laudo de eletroencefalograma a distância: como funciona e principais benefícios
O EEG é, geralmente, um dos exames mais requeridos na rotina de clínicas e consultórios médicos. Por isso, muitas instituições têm dificuldade em atender a esta demanda com qualidade e prontidão adequadas. Neste caso, a solução é optar pelo laudo de eletroencefalograma à distância.
A telemedicina já é uma realidade facilitadora para várias clínicas médicas, que veem nos serviços a melhor solução para melhorar sua produtividade, reduzir custos, assim como agilizar o atendimento médico.
Ficou curioso (a)? Então continue a leitura e confira as seguintes informações sobre o assunto:
- O que é o eletroencefalograma?
- Categorias do EEG
- Principais indicações do eletroencefalograma
- Como é realizado o exame?
- O Laudo de eletroencefalograma à distância
- Benefícios do laudo de eletroencefalograma a distância
O que é o eletroencefalograma?
O eletroencefalograma (EEG) é um exame relativamente simples, não invasivo e indolor, bastante requisitado por neurologistas pelos mais diversos motivos. Utilizado para avaliar a atividade elétrica cerebral, ele pode detectar alterações do sistema nervoso central, diagnosticando doenças e distúrbios cerebrais.
Além disso, pode ser realizado com fins específicos, como atestar a capacidade para a realização de determinadas funções — por exemplo, pilotar aviões —, para acompanhar um paciente durante uma cirurgia ou sob efeito de anestesia e, também, para identificar distúrbios do sono.
Os neurônios são células nervosas que funcionam e se comunicam através de impulsos elétricos, gerados naturalmente e transmitidos de um para o outro. O EEG é um teste capaz de amplificar e registrar esses impulsos, avaliando a atividade cerebral quanto à normalidade de seu ritmo e de sua intensidade.
– Leia também: Aprenda a escolher um aparelho de EEG para seu consultório ou clínica
Fundamentos teóricos
As células nervosas são como baterias, ou seja, têm pólos positivos e negativos. O aparelho de eletroencefalograma, que consegue aumentar a eletricidade cerebral, registra essas diferenças nas correntes elétricas em diversos locais do cérebro, amplificando os sinais emitidos.
Um dispositivo chamado galvanômetro registra os impulsos elétricos gerados no cérebro em forma de ondas, imprimindo-as em um papel específico.
Importância do exame
O eletroencefalograma (EEG) é frequentemente solicitado por neurologistas quando há suspeita de alterações na atividade elétrica ou nos ritmos cerebrais. Esse exame permite o diagnóstico de uma variedade de condições psiquiátricas e neurológicas, incluindo doenças degenerativas e infecções.
Com o EEG, é possível identificar e diagnosticar condições como epilepsia, convulsões, demência, encefalites e tumores cerebrais. Além disso, o exame pode revelar outras anomalias e distúrbios, como edemas, hemorragias, narcolepsia, enxaquecas, complicações decorrentes de lesões ou concussões, e efeitos relacionados ao abuso de álcool e drogas.
O EEG também desempenha um papel importante na avaliação do nível de coma, oferecendo a capacidade de distinguir diferentes padrões de atividade cerebral. Durante cirurgias cerebrais, o exame pode ser utilizado para monitorar a atividade cerebral e ajudar na avaliação da morte encefálica.
Caso o exame confirme a presença de uma doença, o médico pode solicitar exames adicionais, como exames de imagem, para obter uma avaliação mais completa.
Leia também: EEG com mapeamento cerebral: saiba sobre o exame e suas indicações
Categorias do EEG
De acordo com seus objetivos e complexidade, o EEG pode ser dividido em três categorias:
- Eletroencefalograma clínico: exame convencional, para a investigação de sintomas relativos ao sistema nervoso central, como convulsões e ataques epilépticos;
- Eletroencefalograma ocupacional: exame de medicina e segurança do trabalho, no caso de colaboradores que atuarão em funções de risco, como pilotos de avião, trabalhadores em altura e motoristas;
- Eletroencefalograma com mapeamento cerebral: também chamado de quantitativo, trata-se de um aprimoramento do exame convencional, incluindo o processamento computadorizado dos sinais elétricos emitidos. É criado um mapa colorido no qual ondas de amplitudes diferentes são marcadas com cores, desenhando o local atingido pelas descargas irregulares e possibilitando uma visão mais detalhada da atividade cerebral.
– Leia também: Qual a diferença entre eletroencefalograma ocupacional e clínico?
Principais indicações do eletroencefalograma
Comumente associado ao diagnóstico da epilepsia, o EEG é também indicado para o acompanhamento da doença, avaliando a resposta ao tratamento e efetuando o controle para a suspensão da medicação.
Entretanto, o exame é realizado também na pesquisa de outras diversas condições neurológicas e psiquiátricas, bem como na investigação de problemas na medula espinhal ou sistema nervoso central.
Além disso, é também usado no monitoramento de pacientes em cirurgia cerebral, estado de coma ou, ainda, em abstinência de drogas.
Destacam-se algumas das principais alterações e distúrbios identificados na realização do EEG:
- Edema no cérebro;
- Sangramento anormal (hemorragia);
- Estruturas anormais (tumores);
- Bloqueios no fluxo cerebral por morte de algum tecido (causado por AVC);
- Distúrbios do sono (narcolepsia);
- Enxaqueca e cefaleias;
- Epilepsia;
- Inflamações no cérebro (encefalites);
- Infecções cerebrais;
- Complicações causadas por lesões ou concussões;
- Abuso de álcool e drogas.
- Investigação de casos de alteração de consciência, como desmaios e comas;
- Complementar a avaliação de doenças mentais e psiquiátricas, como demência, esquizofrenia e hiperatividade e déficit de atenção em crianças;
- Avaliação de morte encefálica.
Como é realizado o exame?
O EEG deve ser feito por um técnico ou enfermeiro especializado, pois, apesar de ser um procedimento simples, tem suas peculiaridades.
Após o registro do maior número de estados possível — espontâneo, de sono e com estímulos —, o traçado obtido será encaminhado a um médico especialista que fará o laudo do exame.
O exame ocorre com o paciente deitado, em ambiente tranquilo e com pouca luz, favorecendo o relaxamento. Inicialmente, são colocados os eletrodos — pequenas placas de metal — com a ajuda de uma pasta condutora, que auxilia a fixação no couro cabeludo, além de permitir a aquisição dos sinais elétricos emitidos.
O teste começa com o registro da atividade cerebral espontânea, com o paciente acordado, e em seguida é feita a leitura em estado de sonolência e, se possível, durante o sono. O registro de diversos estados aumenta a sensibilidade na detecção de anormalidades.
Laudo de eletroencefalograma à distância
Graças ao advento da tecnologia, clínicas e consultórios médicos têm acesso à serviços como a emissão de laudos à distância, que reduz custos administrativos, além de proporcionar ganho de agilidade nos processos.
Equipamentos de ponta são excessivamente caros e exigem profissionais capacitados para operá-los, limitando a possibilidade de que clínicas menores ofereçam determinados exames, por exemplo.
Ao optar pelo serviço de emissão de laudo de eletroencefalograma a distância, a clínica não precisa contar com uma equipe exclusiva no local para realizar a interpretação do exame.
Entenda como funciona a emissão de laudos à distância
O processo interno praticamente não será alterado ao se optar pela terceirização dos laudos. Os exames serão realizados normalmente na sua clínica, a diferença é que as imagens/gráficos obtidos no procedimento deverão ser encaminhados para uma empresa de telemedicina.
A Mais Laudo é uma dessas empresas que oferece o serviço de laudo de eletroencefalograma a distância. Sendo assim, quando as imagens do EEG forem anexadas em nossa plataforma, elas serão direcionadas para o médico especialista, que no caso é um neurologista.
Este por sua vez fará a interpretação do exame e disponibilizará o resultado do laudo neurológico novamente na plataforma em até 24 horas.
Benefícios do laudo de eletroencefalograma a distância
O uso da telemedicina permite que mais clínicas ofereçam serviços como o EEG, por meio da redução dos custos dos procedimentos, do investimento em equipamentos e pessoal e do processo para a confecção de laudos médicos.
Além disso, o ganho de qualidade e agilidade no serviço confere um diferencial à empresa, que se destaca da concorrência e amplia sua capacidade de atendimento, aumentando o volume de pacientes.
Outra vantagem dos serviços de laudo online e telemedicina é a possibilidade de armazenamento das imagens e informações dos exames realizados e laudos emitidos, conferindo proteção e organização aos arquivos.
Supervisor de Vendas e Marketing na Mais Laudo. Engenheiro Civil, pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho, atualmente cursando pós-graduação em Gestão Comercial e Vendas. Com mais de 8 anos de experiência em Telemedicina, alia conhecimento técnico a uma visão estratégica para impulsionar resultados em saúde digital e inovação. LinkedIn: @leandroreismg