Aprenda a escolher um aparelho de EEG para seu consultório ou clínica
O aparelho de EEG é o dispositivo utilizado para avaliar a atividade elétrica do cérebro, examinando a normalidade cerebral quanto à intensidade e regularidade dos impulsos emitidos. Sendo assim, o equipamento é fundamental para o diagnóstico médico na neurologia.
Mas, você sabe como escolher um aparelho de eletroencefalograma? O que deve ser avaliado durante a pesquisa? Qual a melhor opção, EEG digital ou analógico? Vamos responder a todas essas perguntas ao longo deste artigo. Continue lendo e tire suas dúvidas.
Como funciona o aparelho de EEG?
O funcionamento do EEG se dá a partir da leitura da atividade dos impulsos elétricos do cérebro. Portanto, sua função é amplificar esses impulsos e registrá-los de modo que seja possível identificar possíveis anormalidades.
São afixados eletrodos no couro cabeludo do paciente que serão responsáveis pela captação das ondas cerebrais elétricas produzidas pelos nervos. Na medida em que os sinais elétricos são captados pelo aparelho, eles passam por amplificadores que possibilitam que eles se tornem visíveis para leitura.
É um exame rápido, sem contraindicações e que não causa nenhum incômodo por ser não invasivo, é indolor.
EEG digital x analógico: principais diferenças
A grande diferença entre o eletroencefalograma digital e a versão analógica está na visualização dos resultados obtidos no exame.
Enquanto na versão analógica os registros são feitos em um papel, através de uma impressora, na modalidade digital eles são transformados em imagens digitais, através da decodificação de um software.
Os aparelhos de EEG antigos registram os testes em uma bobina de papel, funcionando como uma impressora offset. Após a realização do exame, ela irá imprimir o resultado, o que pode gerar metros e metros de papel de comprimento.
Já com o aparelho digital do EEG, os resultados podem ser lidos em qualquer ambiente online, podendo ser impressos também, quando necessário.
Um dos diferenciais do eletroencefalograma digital frente sua versão tradicional é o fato dele permitir a seleção de trechos específicos do gráfico. Além disso, a imagem tem melhor qualidade, permitindo maior precisão na localização de descargas epileptiformes.
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Dicas para escolher um aparelho de encefalograma
A funcionalidade dos aparelhos de EEG sempre será a mesma, contudo, existem tecnologias mais avançadas que permitirão tempos de resposta mais ágeis, além de terem especificidades distintas. Por exemplo, como já mencionado, é possível encontrar no mercado equipamentos de EEG digitais e opções analógicas.
Por isso, é importante que seu estabelecimento de saúde avalie esses pontos de modo a escolher a melhor opção para as suas necessidades. Para te ajudar nessa busca, listamos abaixo algumas considerações a serem feitas na escolha do EEG. Veja:
Registro na Anvisa
Nossa primeira dica é também a mais importante de todas. É fundamental que você certifique que o aparelho de EEG escolhido tenha registro na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), órgão responsável pela certificação de equipamentos médicos no Brasil.
Essa é uma garantia de que o equipamento segue a padronização de segurança necessária para o seu funcionamento. Vale ressaltar ainda que a compra de tecnologia não registrada pelos órgãos fiscalizados, além de ser um risco para a saúde de seus pacientes, também é um ato passível de sanções e multas.
Portanto, ao adquirir um aparelho certificado pela Anvisa, você tem a certeza de que está adquirindo um produto seguro e de qualidade comprovada.
Quantidade de eletrodos
Como já mencionado, os eletrodos são peças aplicadas no couro cabeludo do paciente, sendo responsáveis pela leitura da atividade cerebral.
A quantidade de eletrodos pode variar de um equipamento para outro, dependendo do seu tipo e configuração. Em geral, as opções com mais eletrodos são mais caras, mas possibilitam resultados mais assertivos e complexos.
Usabilidade do software
Outro ponto importante a ser considerado na busca por um aparelho de EEG é a respeito da complexidade do software. É interessante buscar opções que tenham funcionalidades fáceis de serem controladas, isto é, sejam mais intuitivas.
Dessa forma, o aprendizado por qualquer pessoa é mais simples e rápido, evitando erros por conta do uso incorreto do equipamento.
Além disso, recomendamos que você verifique se o software tem possibilidade para integração com outros sistemas. Isso é importante para simplificar o compartilhamento das informações obtidas no exame.
Avalie qual é o meio condutor do equipamento
Além da quantidade de eletrodos, outro ponto que influencia na agilidade e eficiência do EEG é o tipo de condutor utilizado para a realização do exame.
Por exemplo, a opção mais comum do mercado é o método em gel, e ele tem um período de aplicação mais longo por conta do tempo necessário para sua fixação.
A outra opção é o meio condutor de solução salina, este tem uma configuração um pouco mais rápida. Mas, é importante ressaltar que essa opção pode causar impedância durante o exame.
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Tipos de aparelho de EEG mais comuns
Listamos abaixo algumas das opções mais comuns encontradas no mercado com as suas respectivas características. Confira:
- Meditron modelo Vertex: aparelho portátil que não precisa estar conectado à rede elétrica e nem à internet para funcionar;
- Neurovirtual BW: equipamento portátil com funcionalidades intuitivas, como a leitura automática simplificada. Um dos seus diferenciais é a capacidade do software de centralizar os dados de forma organizada;
- Neurosoft: existem aparelhos da marca que podem incorporar no mesmo software outro exame comum em estabelecimentos de saúde: o eletrocardiograma. Ele tem 28 canais de entrada e possui um editor de modelos de laudo ligado ao software;
- Neuromap: esse equipamento de EEG permite a elaboração de diferentes modalidades do exame, assim como a monitorização durante o sono. Conta com recursos que facilitam a transmissão de dados para realização de laudos à distância.