Ressonância magnética: o que é, para que serve, o que detecta, tipos e como é feita

As novas tecnologias têm permitido grandes avanços na medicina, principalmente na área de diagnósticos. Exames como a ressonância magnética permitem a descoberta precoce de diversas doenças, o que favorece um tratamento eficiente.
Para entender mais sobre o assunto, continue a leitura. Até o final, confira:
- O que é ressonância magnética?
- Para que serve a ressonância magnética?
- O que a ressonância magnética detecta?
- Tipos de ressonância magnética
- Como é feita a ressonância magnética?
- Quem pode e quem não pode fazer ressonância?
- Qual a diferença entre tomografia e ressonância magnética?
- Como otimizar a gestão de exames de ressonância?
- FAQ: dúvidas frequentes sobre o exame
- Conte com a Mais Laudo em sua clínica!
O que é ressonância magnética?
A ressonância magnética é um exame de imagem que utiliza um campo magnético e ondas de radio para gerar imagens detalhadas do interior do corpo.
Para que serve a ressonância magnética?
A ressonância é utilizada principalmente para diagnosticar e acompanhar doenças que precisam de imagens altamente detalhadas dos tecidos moles do corpo (isso inclui cérebro, coluna, articulações, órgãos abdominais e coração).
Por não utilizar radiação ionizante, como em um raio-X comum, por exemplo, este é frequentemente o exame de escolha quando o médico necessita de uma investigação mais aprofundada, oferecendo a maior resolução possível das estruturas internas.
O que a ressonância magnética detecta?
A ressonância magnética pode ser indicada para o diagnóstico dos mais diferentes tipos de doenças, podendo ser usada em qualquer parte do corpo. Isso é possível porque as imagens possuem qualidade suficiente para distinguir um tumor de uma infecção, por exemplo.
Assim, o exame pode ser usado para diagnosticar:
- Tumores no cérebro e na glândula pituitária;
- Esclerose múltipla;
- Infecções no cérebro e na medula espinhal;
- Tendinites e infecções nas articulações;
- Massas nos tecidos de diversas partes do corpo;
- Lesões e ligamentos rompidos nas articulações;
- Cistos, tumores e hérnias na coluna;
- Derrames cerebrais, ainda que bem no início.
– Leia também: Ressonância magnética do crânio: como é realizado o exame e quando indicar
Tipos de ressonância magnética
Existem diversas técnicas e modelos de aparelhos de ressonância, cada um adaptado para atender a uma necessidade clínica específica. Os tipos mais comuns incluem:
- Ressonância convencional (T1 / T2 / FLAIR): São os protocolos básicos usados na maioria das indicações, que diferenciam os tipos de tecido de acordo com as propriedades da água neles contida;
- Ressonância com contraste: Utiliza uma substância injetada (Gadolínio) que melhora a visualização de tumores, inflamações e estruturas com muita vascularização (vasos sanguíneos).
- Angio-RM: Um protocolo específico para avaliar vasos sanguíneos sem a necessidade de um cateterismo;
- Ressonância cardíaca: Um exame detalhado com um protocolo feito para avaliar a estrutura e a função do coração.
- Ressonância funcional (fMRI): Mapeia a atividade cerebral em tempo real, ligada ao fluxo sanguíneo (uso mais comum em pesquisas e no planejamento pré-cirúrgico).
- Espectroscopia por RM: Uma técnica que analisa a composição química dos tecidos, sendo muito útil na avaliação de certas lesões cerebrais;
- Ressonância de campo aberto e de alto campo (1,5T / 3T): Variam em conforto e precisão. Os aparelhos de alto campo (medidos em Teslas) produzem imagens mais detalhadas, enquanto os aparelhos abertos oferecem maior conforto para pacientes com claustrofobia.
Como é feita a ressonância magnética?
Todo o processo de captação e geração de imagens no aparelho de ressonância é bastante complexo. Portanto, não entraremos em detalhes a respeito de todos os princípios físicos e químicos, já que o mais importante é a experiência do paciente.
De modo geral, trata-se de um exame rápido (cerca de 15 minutos), indolor, cujo único preparo é, de fato, retirar qualquer parte metálica do corpo. O técnico coloca o paciente (vestindo apenas um avental) na máquina, que se parece com um enorme tubo, e inicia o exame na parte do corpo de interesse.
Durante o processo, é preciso ficar totalmente imóvel, pois um deslocamento mínimo pode comprometer a geração da imagem. Por isso e pelo fato de ficar dentro de um tubo, o exame pode causar desconforto ao paciente. Porém, isso é algo sensorial e não físico, de fato.
Com a ajuda de um microfone, o técnico ou o médico pode ajudar o paciente a se sentir melhor e orientá-lo a ficar na posição recomendada. No final, basta que ele se levante e pode ser encaminhado a uma sala para se trocar.
O resultado da ressonância magnética fica pronto em, no máximo, 3 a 7 dias. Por isso mesmo esse também é um dos exame mais recomendado em casos de urgência.
Quem pode e quem não pode fazer ressonância?
Na maioria das vezes, o exame é seguro. Contudo, devido ao seu funcionamento baseado em um forte campo magnético, algumas situações exigem atenção redobrada ou contraindicam a sua realização:
- Dispositivos cardíacos e implantes eletrônicos: Marcapassos, desfibriladores e neuroestimuladores exigem avaliação rigorosa. Embora muitos modelos recentes sejam “RM-condicionais” (permitindo o exame sob critérios específicos), o histórico e a ficha técnica do implante devem ser sempre avaliados pela equipe técnica;
- Implantes metálicos antigos: Certos clipes de aneurisma e próteses metálicas de materiais mais antigos podem ser incompatíveis e aquecer ou se deslocar no campo magnético;
- Insuficiência renal: Pacientes com a função renal muito reduzida precisam de cautela no uso do contraste à base de Gadolínio, devido a um risco (raro) de complicação. Por isso, a avaliação da função renal é uma rotina antes da administração do contraste;
- Gravidez: A ressonância sem contraste pode ser realizada quando estritamente necessária, mas o uso de Gadolínio é evitado, especialmente no primeiro trimestre, cabendo a decisão ao médico responsável;
- Claustrofobia: Pessoas com medo de espaços fechados podem sentir desconforto dentro do aparelho em formato de tubo. Isso não é uma contraindicação absoluta; nesses casos, pode ser indicada a sedação, o uso de aparelhos abertos (quando disponíveis) ou o acompanhamento constante pela equipe.
Em todos os casos, o mais importante para o paciente é informar o técnico e o médico sobre todos os seus antecedentes, como cirurgias, implantes, problemas renais, gravidez, tatuagens extensas, entre outros, para garantir o procedimento mais seguro e eficaz.
Qual a diferença entre tomografia e ressonância magnética?
Uma das principais diferenças entre a tomografia e a ressonância é o fato de que na ressonância é possível realizar mais cortes nas imagens. Esses cortes são dimensões de imagens produzidas pelos aparelhos, e representadas digitalmente como se fossem “fatias” da parte analisada do corpo do paciente.
Outra diferença é o contraste utilizado em casa exame. Ele é uma substância que, quando injetada na corrente sanguínea do indivíduo, auxilia na produção de uma imagem mais detalhada.
Na tomografia, o contraste é a base de iodo. Já na ressonância, é utilizado o Gadolínio. Este, entretanto, pode prejudicar as funções renais, além de causar mal-estar em alguns casos. Portanto, é preciso avaliar o quadro clínico do paciente para decidir pelo melhor método.
Além disso, também há diferença na precisão das imagens de ambos exames. Em determinados tecidos, a ressonância magnética é capaz de produzir um maior grau de detalhamento em relação à tomografia. Isso pode ser extremamente relevante na identificação de patologias do cérebro, por exemplo.

Qual é a melhor opção: tomografia ou ressonância magnética?
Embora os dois tipos de exames apresentem prós e contras, não é possível determinar se um é ou não melhor que o outro.
O mais comum é que seja solicitado a tomografia para avaliação de casos mais simples. Já a ressonância é importante para diagnósticos mais complexos, uma vez que ela faz uma investigação mais detalhada.
Entretanto, por possuírem aplicações diferentes, cabe ao médico responsável analisar qual dos dois se encaixa melhor de acordo com o caso do paciente. Ou seja, o especialista é quem deve indicar qual dos exames vai proporcionar a melhor imagem para indicar o seu diagnóstico.
Como otimizar a gestão de exames de ressonância magnética?
Por ser um exame que contribui para o diagnóstico de várias doenças complexas, é comum que ele possua uma grande demanda nas clínicas médicas. Por isso, é importante encontrar soluções que vão otimizar esse processo.
A principal delas, atualmente, é utilizar os recursos da telemedicina, mais precisamente, os laudos à distância (telelaudos). Ao optar pela terceirização desse serviço agiliza-se a entrega do resultado do exame, otimizando consideravelmente os procedimentos da clínica.
Mas afinal, o que são laudos à distância?
Trata-se de uma proposta de emissão de resultados radiológicos por meio das facilidades que a tecnologia oferece nos dias de hoje. Isso porque, antigamente os exames eram realizados e gerados no mesmo local.
Com os recursos tecnológicos existentes é possível realizar o exame no paciente e enviar para empresas especialistas que farão a análise da imagem e dos dados clínicos dos pacientes e depois retornarão com o laudo para o médico solicitante.
À primeira vista acredita-se que o processo será mais demorado. No entanto, a empresa terceirizada conta com muitos especialistas em radiologia que farão o laudo mais rápido em comparação ao método existente em que o profissional realiza o exame e emite o resultado no mesmo local.
– Leia também: Laudo de ressonância magnética a distância: como funciona?
FAQ: dúvidas frequentes sobre o exame
Na maior parte dos exames de ressonância não é necessário jejum e é permitido beber água. Porém se houver previsão de contraste (Gadolínio) a clínica pode pedir. Siga sempre as instruções fornecidas pelo local onde o exame será realizado.
O exame em si é relativamente rápido, durando normalmente cerca de 15 minutos para procedimentos padrão, embora o tempo total no serviço (registro, posicionamento e, eventualmente, aplicação de contraste) possa ser maior. O resultado costuma ficar pronto em um prazo de 3 a 7 dias, salvo em casos de urgência, onde pode ser liberado mais rapidamente.
A ressonância é considerada segura porque não usa radiação ionizante, porém, por operar com um campo magnético muito forte, exige cuidados com implantes, função renal (no caso do contraste) e outras condições clínicas. A triagem prévia e a informação completa ao técnico são fundamentais para minimizar riscos.
Muitos implantes modernos são “RM-condicionais” e permitem o exame sob protocolos específicos, porém dispositivos eletrônicos (marcapasso, desfibrilador…), alguns clipes vasculares antigos e certas próteses exigem avaliação técnica e liberação prévia. É crucial informar sempre sobre qualquer metal ou implante para que a equipe confirme a compatibilidade e a segurança do procedimento.
Aparelhos ortodônticos em geral não são uma contraindicação absoluta, mas o metal pode causar artefatos nas imagens da face e da cavidade oral. Dependendo da área a ser examinada, o técnico pode pedir a retirada de partes móveis ou ajustar o protocolo para reduzir interferências e garantir a nitidez da imagem.
A maioria dos DIUs modernos não impede a realização da ressonância, mas alguns modelos podem conter pequenas quantidades de metal. É importante informar a equipe sobre o tipo de DIU para que se confirme a compatibilidade e se decida se há necessidade de cuidados adicionais, embora na prática a maioria seja liberada.
Tatuagens não costumam impedir o exame, embora em casos muito raros a tinta possa conter partículas metálicas que causem desconforto local ou sensação de aquecimento. Informe sempre sobre tatuagens extensas ou recentes para que a equipe avalie e oriente sobre possíveis medidas de conforto.
Sim, a claustrofobia não é uma contraindicação absoluta. Existem alternativas como aparelhos abertos (quando disponíveis), sedação leve ou auxílio psicológico e acompanhamento durante o exame. A equipe técnica também pode usar comunicação por microfone para ajudar o paciente a tolerar o procedimento.
Não é adequado utilizar medicação sem avaliação profissional. Em pacientes ansiosos, o médico responsável pode receitar um ansiolítico leve para uso antes do exame, mas isso deve ser feito mediante consulta e orientação profissional específica.
A sedação na ressonância tem riscos inerentes como em qualquer procedimento sedativo, mas quando realizada por equipe treinada, com jejum e monitorização adequados, é um recurso seguro e frequentemente utilizado para garantir conforto e a qualidade necessária das imagens.
A ressonância sem contraste pode ser realizada quando estritamente necessária durante a gravidez, pois não usa radiação. Já o uso de contraste à base de Gadolínio é evitado, especialmente no primeiro trimestre, e a decisão final deve ser tomada pelo médico considerando os riscos e benefícios para a mãe e o bebê.
Informe imediatamente a equipe que realizou o exame e, principalmente, ao seu médico obstetra. Se não foi usado contraste, o risco é baixo, mas se houve administração de Gadolínio, o médico avaliará a necessidade de monitoramento adicional e fornecerá as orientações específicas.
O laudo é emitido por um médico especialista em Radiologia e Diagnóstico por Imagem (ou um subespecialista, como Neurorradiologista), que analisa as imagens e fornece o parecer técnico. Atualmente, muitos clínicas utilizam o serviço de Telelaudo, como o disponível na Mais Laudo, para agilizar a entrega do resultado sem perder a qualidade da interpretação.
O custo varia significativamente conforme o tipo de exame (região do corpo, necessidade de contraste, modelo do aparelho), a clínica e a região geográfica. Por isso, é recomendável consultar diretamente centros de imagem, hospitais ou convênios para obter um orçamento preciso.
O exame é oferecido em hospitais, centros de diagnóstico por imagem e clínicas especializadas. Ao escolher, verifique a qualificação da equipe, a qualidade do equipamento, a disponibilidade de laudo especializado.
Conte com a Mais Laudo em sua clínica!
A Mais Laudo oferece o serviço de emissão de laudos à distância de vários exames além da ressonância magnética, como por exemplo exames Raio-X, Tomografia, Eletroencefalograma, Espirometria, Eletrocardiograma, Holter, MAPA, Acuidade Visual, Mamografia, entre outros.
Mas como funciona esse serviço? Simples, uma vez que o exame estiver finalizado ele será encaminhado para a plataforma da Mais Laudo, onde este passará pela avaliação de um médico especialista da área, que indicará seu parecer sobre o caso.
Em seguida o exame laudado será encaminhado para a sua clínica em um prazo de até 12 horas, em casos de urgência esse período pode cair para menos de uma hora.
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Supervisor de Vendas e Marketing na Mais Laudo. Engenheiro Civil, pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho, atualmente cursando pós-graduação em Gestão Comercial e Vendas. Com mais de 8 anos de experiência em Telemedicina, alia conhecimento técnico a uma visão estratégica para impulsionar resultados em saúde digital e inovação. LinkedIn: @leandroreismg
foi muito bom ter lido estas resposta.obrigado.