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Teletriagem: o que é e quais seus benefícios para o diagnóstico?

por maislaudo / Há 2 anos
medico em teletriagem

A teletriagem é mais uma prática viabilizada pela tecnologia que vem trazendo benefícios para a assistência médica. Em tempos de pandemia, essa modalidade ganhou ainda mais relevância, dada a segurança proporcionada para os profissionais da saúde e pacientes. 

Quer entender melhor o que é, como funciona e quais são as vantagens de implementar a teletriagem? Continue lendo e fique por dentro das informações mais importantes sobre o assunto. 

O que é teletriagem? 

É a prática de triagem realizada à distância. Isto é, uma modalidade remota de avaliação e direcionamento no atendimento médico. 

Neste caso, o primeiro contato entre médico e paciente é feito através de recursos tecnológicos, como a internet ou telefone. 

O paciente deve apresentar quais são os seus sintomas para que o profissional de saúde possa encaminhá-lo para a assistência necessária. Ou seja, ele pode ser direcionado para o atendimento presencial ou pode ainda indicar medicamentos para resolução da enfermidade. 

Como funciona a triagem à distância? 

Em geral, a teletriagem pode acontecer de duas formas distintas: de modo automatizado ou com uma teleconsulta

A automação consiste na elaboração de um questionário que tem como objetivo filtrar e priorizar o atendimento. Essa série de perguntas é disponibilizada em um site ou através de aplicativos como o WhatsApp, por exemplo. 

A teleconsulta consiste em um atendimento convencional entre médico-paciente, porém, este é realizado de forma remota. 

Em ambos os casos, será realizada uma espécie de anamnese que irá direcionar para a próxima etapa do atendimento. 

Entenda como funciona a legislação sobre a prática

A teletriagem é uma das vertentes da telemedicina, prática que diz respeito ao uso de tecnologias de comunicação e informação em benefício da prática médica. 

No Brasil, a telemedicina é regulamentada pela Resolução 1643 do Conselho Federal de Medicina (CFM), contudo o documento define uso muito restrito de suas práticas no ambiente da saúde. 

Na maioria dos casos, o Conselho Federal (CFM) reconhece a prática apenas em casos emergenciais ou quando solicitado pelo médico responsável. Há ainda a possibilidade de emissão de laudos online para suporte diagnóstico.

Em 2018 houve uma tentativa de modernizar as diretrizes, tendo em vista que estas são consideradas antiquadas e não condizem com a realidade atual. A resolução  CFM nº 2.227/2018 liberava as possibilidades de teleconsultas, telediagnósticos, telecirurgias e ainda trazia orientações sobre a teletriagem, que foi definida como: 

“O ato realizado por um médico com avaliação dos sintomas, a distância, para definição e direcionamento do paciente ao tipo adequado de assistência que necessita ou a um especialista.”

O documento ressaltava ainda que a prática da triagem a distância deveria deixar claro o seu caráter exploratório, sem intenção de indicação de um diagnóstico. 

A resolução, entretanto, foi revogada com a justificativa de que as discussões sobre as medidas precisavam ser aprofundadas entre a classe médica. 

Liberação da telemedicina durante a pandemia 

No dia 19 de março de 2020, o Conselho Federal de Medicina decretou a regulamentação da telemedicina em caráter emergencial durante a pandemia de COVID-19. 

O intuito da medida era minimizar o contágio do vírus, liberando assim práticas como a teletriagem e a teleconsulta, por exemplo. Porém, com o término do isolamento social, a resolução foi automaticamente revogada. 

Mas foi anunciado pelo Conselho Federal de Medicina a criação de uma Comissão Especial para revisar a prática de telemedicina no país. Estes já se reuniram para preparar uma nova minuta de resolução da prática, que deverá ser discutida pelo Plenário do CFM nos próximos meses. 

O objetivo da proposta é atualizar as normas técnicas e reguladoras da telemedicina no país, de modo a tornar a prática uma realidade para as instituições de saúde mesmo após a pandemia. 

Principais benefícios da teletriagem

Listamos abaixo as três principais vantagens obtidas com a implementação da triagem à distância no atendimento médico. 

Comodidade para os pacientes 

Muitas vezes ter que se deslocar até uma clínica médica pode ser um desafio para muitos pacientes, principalmente aqueles que estão fragilizados por eventuais enfermidades. Logo, ter a opção de realizar um atendimento em casa é uma forma de oferecer mais tranquilidade para essas pessoas. 

Aumento de produtividade 

Além dos benefícios para os pacientes, a gestão médica também colhe os frutos com a triagem feita à distância. Afinal, com essa modalidade, é possível desafogar as filas de atendimento, uma vez que a consulta é otimizada e muito mais estratégica. 

Neste sentido, a clínica ou consultório médico pode criar níveis de organização para melhorar esse fluxo. Por exemplo, é possível optar por um sistema de priorização da seguinte maneira: 

  • Primeiro nível: triagem automatizada por meio digital (Site, WhatsApp etc);
  • Segundo nível: consulta remota com especialista;
  • Terceiro nível: atendimento presencial. Sendo que este pode ainda ter classificação por ordem de urgência do quadro. 

Sendo assim, a rotina médica se torna muito mais ágil, além de mais qualificada, uma vez que o profissional de saúde ganha mais tempo para focar em casos que demandem mais de sua expertise. 

Diagnósticos mais ágeis e precisos

Um primeiro contato médico-paciente realizado a distância pode agilizar o tratamento. Como indicado acima, é possível criar sistemas para detectar a urgência do quadro durante a teletriagem. Com isso, o paciente em questão será direcionado de forma prioritária ao atendimento. 

Agora, imagine se esse indivíduo tivesse que esperar um longo período até encontrar uma data para ser atendido no modelo convencional? 

Leia também: Atendimento médico: como a Mais Laudo ajuda a acelerar essa etapa na prática

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