Telecirurgia: o que é, como funciona e regulamentação no Brasil
A telecirurgia vem deixando de ser uma inovação do futuro e está se tornando uma realidade em instituições de saúde brasileiras. Mesmo tendo sido regulamentada no país recentemente, a prática ainda gera uma série de dúvidas sobre o seu funcionamento e limitações.
Pensando nisso, preparamos este artigo para trazer as informações mais importantes sobre a cirurgia à distância. Continue lendo e tenho acesso às seguintes informações:
- Entenda o conceito de telemedicina
- O que é telecirurgia?
- Benefícios da cirurgia à distância
- Como funciona uma cirurgia à distância?
- Regulamentação da telecirurgia no Brasil
- Veja como a Mais Laudo pode te ajudar!
Entenda o conceito de telemedicina
A telecirurgia é uma das práticas possíveis dentro da telemedicina, conceito que trata sobre o uso de tecnologias de informação e comunicação voltadas para a área da saúde.
Além da cirurgia à distância, fazem parte da telemedicina práticas como a de consultas online, teletriagem, telemonitoramento, emissão de laudos à distância, entre outras.
Todas essas modalidades fazem uso da tecnologia como modo de agilizar o atendimento médico, oferecer mais comodidade para os pacientes e abranger o atendimento territorial em saúde.
– Leia também: Médico na telemedicina: tire as principais dúvidas sobre sua atuação
O que é telecirurgia?
A telecirurgia é a realização de procedimento cirúrgico remoto, mediado por tecnologias interativas seguras, com médico executor e equipamento robótico em espaços físicos distintos.
A telecirurgia somente poderá ser realizada em infraestrutura adequada e segura, com garantia de funcionamento de equipamento, largura de banda eficiente e redundante, estabilidade do fornecimento de energia elétrica e segurança eficiente contra vírus ou invasão de hackers.
Dentre todas as aplicações da telemedicina, a telecirurgia é a prática menos estruturada. Contudo, apesar de ser uma realidade mais distante para as instituições médicas, principalmente quando comparada com modalidades como a teleconsulta, a cirurgia à distância vem ganhando espaço considerável no setor.
Benefícios da cirurgia à distância
A telecirurgia proporciona uma série de benefícios para a assistência médica, proporciona procedimentos mais precisos, além de uma recuperação mais ágil e eficiente para os pacientes.
Abaixo citamos algumas das principais vantagens da prática. Veja!
- A incisão, ou seja, o corte na pele do paciente é bem menor;
- Cirurgias com maior precisão;
- Minimização de erros por conta de tremores;
- A recuperação e cicatrização dos pacientes é mais rápida: isso acontece pois o percentual de tecidos danificados durante o procedimento cirúrgica é consideravelmente menor;
- Vantagens ergonômicas: o médico não precisa ficar longas horas em pé e pode realizar o procedimento com mais conforto;
- Ampliação do acesso aos procedimentos cirúrgicos;
- Os pacientes não precisam viajar longas distâncias para realizar cirurgias.
Como funciona uma cirurgia à distância?
A cirurgia é realizada com o médico localizado em uma cabine de controle que servirá para guiar o robô ao longo do procedimento.
Dentro do paciente deve-se inserir uma pequena câmera 3D, além de instrumentos cirúrgicos em miniatura. Esta por sua vez fornecerá uma visão macroscópica 360º da área de operação.
O médico então irá operar de forma remota os braços robóticos que estão ligados aos instrumentos cirúrgicos e realizar a reparação necessária no paciente.
É importante ressaltar ainda que é indispensável a presença de um segundo cirurgião dentro da sala de operação. Este profissional deve ficar em alerta para confirmar que tudo está correndo como previsto e de prontidão para intervir se necessário.
Regulamentação da telecirurgia no Brasil
Em março de 2022, o Conselho Federal de Medicina regulamentou os procedimentos médicos no Brasil relacionados à telecirurgia.
Contudo, para a realização da prática, as instituições médicas devem seguir algumas orientações. Uma delas diz respeito à adequação da infraestrutura do local. Este deve garantir o funcionamento dos equipamentos, largura de banda eficiente e redundante, estabilidade do fornecimento de energia elétrica e segurança eficiente contra vírus ou invasão de hackers.
Além disso, a equipe médica principal deve ser composta, no mínimo, por médico operador do equipamento robótico (cirurgião remoto) e médico responsável pela manipulação instrumental (cirurgião local).
O médico operador do equipamento robótico (cirurgião remoto) deve ser portador de RQE na área correspondente ao ato cirúrgico principal, com registro no CRM de sua jurisdição.
O médico executor da manipulação instrumental (cirurgião local) deve ser portador de RQE na área correspondente ao ato cirúrgico principal, com registro no CRM de sua jurisdição, e capacitado a assumir o ato operatório de modo presencial.
O médico local deverá se responsabilizar pela intervenção cirúrgica em situação de emergência ou em ocorrências não previstas, tais como falha no equipamento robótico, falta de energia elétrica, flutuação ou interrupção de comunicação.
A telecirurgia robótica deve ser explicitamente consentida pelo paciente ou seu representante legal e realizada por livre decisão e sob responsabilidade profissional dos médicos envolvidos no ato cirúrgico.
– Leia também: Fim do estado de emergência em saúde pública e nova regulamentação da telemedicina
Veja como a Mais Laudo pode te ajudar!
A emissão de laudos à distância é uma das práticas de telemedicina mais utilizadas por instituições de saúde atualmente.
Neste caso, os exames são realizados na clínica e enviados para uma empresa terceirizada, como a Mais Laudo, que fica responsável pela elaboração do laudo médico.
Além de melhorar o cotidiano da clínica ao proporcionar a otimização das atividades do médico, o consultório que contrata esse tipo de serviço assegura uma experiência de mais qualidade para o paciente.
Ao contratar os serviços da Mais Laudo, a equipe poderá oferecer atendimentos personalizados para os seus pacientes. Isso possibilita o aumento gradativo do reconhecimento da clínica no mercado.
Por isso, é muito importante aproveitar ao máximo os recursos e os benefícios que a telemedicina pode trazer para a sua unidade e especialmente para os seus pacientes.
Supervisor de Vendas e Marketing na Mais Laudo. Engenheiro Civil, pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho, atualmente cursando pós-graduação em Gestão Comercial e Vendas. Com mais de 8 anos de experiência em Telemedicina, alia conhecimento técnico a uma visão estratégica para impulsionar resultados em saúde digital e inovação. LinkedIn: @leandroreismg