Ficha de anamnese médica: quais dados do paciente são indispensáveis?
A ficha de anamnese médica é um instrumento fundamental no diagnóstico e tratamento de pacientes, servindo como uma ponte entre o profissional de saúde e as informações vitais do indivíduo.
Descubra neste artigo as informações mais relevantes sobre o tema. Continue a leitura e confira:
- O que é ficha de anamnese médica?
- Quais são os tipos de ficha de anamnese médica?
- Quem pode fazer a ficha de anamnese?
- Quais itens devem constar em uma anamnese?
O que é ficha de anamnese médica?
A ficha de anamnese médica é um documento utilizado por profissionais de saúde para coletar informações sobre o histórico médico e pessoal de um paciente. Ela é usada como parte da avaliação inicial do paciente antes do início de qualquer tratamento ou procedimento médico.
A ficha de anamnese inclui questões detalhadas sobre a saúde geral do paciente, histórico de doenças na família, medicamentos que está tomando, alergias, hábitos de vida (como alimentação, atividade física, uso de álcool e tabaco), entre outros aspectos relevantes para a saúde.
Este documento é fundamental para que o profissional de saúde possa entender melhor o contexto de saúde do paciente, identificar possíveis riscos, predisposições genéticas para certas condições, e planejar o tratamento mais adequado.
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Quais são os tipos de ficha de anamnese médica?
Existem vários tipos de fichas de anamnese, cada uma adaptada às necessidades específicas de diferentes áreas da saúde e objetivos de tratamento. Os principais tipos incluem:
- Anamnese Clínica Geral: Utilizada em consultas médicas gerais para obter um panorama amplo da saúde do paciente. Inclui perguntas sobre histórico de saúde, estilo de vida, e condições atuais;
- Anamnese Pediátrica: Especificamente projetada para crianças, leva em consideração fatores como o desenvolvimento infantil, a vacinação, a alimentação, e o ambiente familiar e escolar;
- Anamnese Psicológica: Usada por psicólogos para entender melhor o estado emocional e psicológico do paciente, histórico de saúde mental, e questões familiares ou sociais relevantes;
- Anamnese Odontológica: Específica para odontologia, inclui perguntas sobre histórico dental, hábitos de higiene bucal, e problemas odontológicos anteriores;
- Anamnese Fisioterapêutica: Focada em pacientes que necessitam de fisioterapia, essa ficha coleta informações sobre a condição física, histórico de lesões, dor, e capacidade de movimento;
- Anamnese Nutricional: Para nutricionistas, inclui detalhes sobre a dieta do paciente, hábitos alimentares, histórico de perda ou ganho de peso, e metas de saúde relacionadas à alimentação.
Cada tipo de ficha de anamnese é projetado para coletar informações específicas que ajudam os profissionais a entender as necessidades únicas de seus pacientes e planejar o tratamento ou intervenção mais adequada.
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Quem pode fazer a ficha de anamnese?
A ficha de anamnese é tipicamente realizada por médicos e profissionais de saúde qualificados que estão diretamente envolvidos no diagnóstico, tratamento e acompanhamento de pacientes.
Isso inclui médicos de diversas especialidades, clínicos gerais, pediatras, cardiologistas, ginecologistas, e qualquer outro especialista médico que necessite avaliar o histórico de saúde de seus pacientes para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento eficaz.
Em muitos contextos clínicos e hospitalares, enfermeiros também estão envolvidos na coleta de informações de anamnese como parte do processo de avaliação do paciente.
É importante ressaltar que a coleta de informações de anamnese médica deve sempre ser realizada por profissionais capacitados e autorizados, seguindo as normas éticas e legais para a proteção da privacidade e da confidencialidade do paciente.
Quais itens devem constar em uma anamnese?
A Resolução 2056/2013 diz que a anamnese é obrigatória em qualquer ambiente médico, inclusive em atendimento ambulatorial e nos consultórios. O documento elenca ainda quais são os itens obrigatórios nesse tipo de documento. Veja:
1. Identificação do paciente
Deve constar informações básicas sobre o paciente, como:
- Nome;
- Idade;
- Data de nascimento;
- Filiação;
- Estado civil;
- Raça;
- Sexo;
- Religião;
- Profissão;
- Naturalidade;
- Endereço;
- Telefone.
2. Queixa principal
Nesta seção, o médico deve descrever detalhadamente qual foi o principal motivo que levou o paciente à consulta.
3. História da doença atual
Aqui o profissional deve buscar informações a respeito do quadro que levou o paciente a procurá-lo. Logo, seu principal objetivo é ajudar o profissional a entender com precisão quais são os sintomas apresentados.
São questionamentos importantes a serem realizados:
- Identificação do início do adoecimento;
- Quais são os sinais e sintomas apresentados;
- Tempo de duração;
- Forma de evolução do quadro;
- Consequências percebidas;
- Identificação de possíveis tratamentos, exames e internações realizadas previamente.
É interessante que essas informações sejam organizadas de acordo com uma ordem temporal, ou seja, do sintoma mais antigo até o mais recente. Assim, fica mais claro a visualização da evolução do quadro.
4. História familiar
Uma anamnese completa deve conter informações sobre o histórico médico familiar do paciente que podem ser úteis para seu diagnóstico. Portanto, o profissional deve realizar perguntas como:
- Presença de doenças na família;
- Estado de saúde dos pais; se falecidos, a idade e a causa;
- Quantos filhos na prole;
- Existência de doença mental na família.
5. História pessoal
Essa etapa serve para contextualização do quadro do paciente, de modo a identificar informações que a princípio não tenham ligação direta com seu estado de saúde.
Listamos abaixo alguns dados importantes do histórico do paciente que devem constar em uma anamnese médica:
- Dados sobre doenças prévias, relacionadas ou não ao atual adoecimento;
- Hospitalizações e cirurgias realizadas;
- Informações sobre sua gestação e doenças intercorrentes da mãe durante a gestação;
- Relações interpessoais na família, no trabalho e na comunidade;
- Puberdade, vida sexual e reprodutiva, menopausa e andropausa;
- Tabagismo, uso de tóxicos, entre outros fatores de risco;
- Hábitos alimentares;
- Uso de medicamentos.
É muito importante também que o médico realize perguntas para entendimento dos fatores de natureza psíquica e social a respeito do paciente. Assim, é possível identificar se há algo psicológico influenciando no surgimento dos sintomas.
– Leia também: Histórico do paciente: entenda a importância desse registro
6. Hipótese Diagnóstica
Ao final do atendimento, o médico deve avaliar os dados obtidos e dar uma hipótese diagnóstica, pautada em sua experiência clínica. Contudo, é importante ressaltar ao paciente que um diagnóstico preciso só poderá ser feito após a realização dos exames.
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Supervisor de Vendas e Marketing na Mais Laudo. Engenheiro Civil, pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho, atualmente cursando pós-graduação em Gestão Comercial e Vendas. Com mais de 8 anos de experiência em Telemedicina, alia conhecimento técnico a uma visão estratégica para impulsionar resultados em saúde digital e inovação. LinkedIn: @leandroreismg