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A relação médico-paciente em tempos de crise na saúde

por maislaudo / Há 4 anos
relação médico-paciente

A relação médico-paciente é a base para qualquer tratamento médico, sendo fundamental para o êxito no restabelecimento da saúde do paciente. E, em tempos de crise na saúde, como este que estamos vivendo no momento, requerem uma atenção ainda maior na assistência médica oferecida. 

Continua a leitura e saiba mais sobre a importância dessa relação para o atendimento médico, e como ela é afetada neste período. Confira! 

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Importância da relação médico-paciente humanizada

Primeiramente é preciso ter em mente que, o momento no qual o paciente procura um serviço de saúde, é um momento em que o mesmo encontra-se em um estado de fragilidade emocional. Angústia, medo e ansiedade são sentimentos comuns neste tipo de situação.

Portanto, é muito importante que o atendimento médico oferecido seja capaz de transmitir a confiança, satisfação e segurança que o paciente precisa neste momento. 

A relação médico-paciente deve ser pautada sempre no diálogo e atenção, de modo a estabelecer assim, uma relação menos mecânica e automatizada de atendimento, logo, mais humanizada

O jornalista brasileiro, J. C. Ismael, em seu livro “O Médico e o Paciente – Breve História de uma Relação Delicada”, entrevistou trinta pessoas, entre 30 a 65 anos, perguntando-as sobre o que elas esperavam receber do médico. Dentre todas as respostas, quatro principais atitudes destacaram-se: confortar, escutar, olhar e tocar. 

Humanizar é ir além de realizar apenas o atendimento médico em sua concepção técnica. Significa acolher o paciente em sua singularidade e complexidade, é o ouvir atento, a atenção plena e personalizada, é acolhê-lo em sua fragilidade. 

Confira nesse texto algumas dicas sobre o que fazer para melhorar a comunicação médico-paciente. 

O que diz o Código de Ética sobre a relação médico-paciente?

O Código de Ética Médica evidencia em vários trechos a importância do estabelecimento de um relacionamento saudável e respeitoso entre médico e paciente. 

Por exemplo, no artigo 2°, capítulo I, podemos perceber a indicação de que os cuidados humanos devem andar lado a lado com o suporte técnico na medicina: 

 “O alvo de toda atenção do médico é o ser humano, em benefício do qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor da sua capacidade profissional”

O Capítulo V aponta a conduta ética a ser seguida no relacionamento médico com pacientes e familiares. O documento cita posicionamentos vedados ao profissional de saúde: 

  • Desrespeitar o direito do paciente ou de seu representante legal de decidir livremente sobre a execução de práticas diagnósticas ou terapêuticas, salvo em caso de iminente risco de morte.
  • Desrespeitar o pudor de qualquer pessoa sob seus cuidados profissionais.
  • Não respeitar o direito do paciente de decidir livremente sobre método contraceptivo, devendo sempre esclarecê-lo sobre indicação, segurança, reversibilidade e  risco de cada método.

Veja aqui os demais direcionamentos do Código de Ética Médica. 

A relação médico-paciente em tempos de pandemia 

Como dissemos acima, a pessoa que procura um atendimento médico já se encontra em uma condição de maior vulnerabilidade emocional. E, em tempos de pandemia, essa fragilidade é maximizada. 

Afinal, estamos lidando com uma doença sem precedentes, e que não possui uma cura comprovada até o momento. Por isso, qualquer pessoa enferma em meio a esta situação passará por períodos de angústia amplificado, mesmo que a sua condição não tenha relação com o vírus. 

Portanto, o médico precisa estar preparado para acolher o paciente neste momento, sendo empático e oferecendo atenção plena no momento da consulta. 

E claro, deve-se zelar pela segurança neste momento. Isto é, prezar pelos cuidados com a higienização e respeito às recomendações de distanciamento social. 

As clínicas e consultórios médicos continuam em funcionamento durante a pandemia, por serem considerados serviços essenciais. Entretanto, é fundamental que se tenha atenção redobrada com os cuidados no local, de modo a garantir a segurança de pacientes e funcionários. 

Regulamentação da Telemedicina de forma emergencial durante a pandemia 

Em março de 2020, o Conselho Federal de Medicina (CFM), publicou o ofício CFM n° 1756/2020, regulamentado serviços de telemedicina durante o combate à pandemia de coronavírus. 

Como o isolamento social é a medida de contenção mais efetiva no momento contra o vírus, o decreto permite a utilização dos recursos de telemedicina como forma de proteger médicos e pacientes. 

Com isso, modifica-se a relação médico-paciente, uma vez que as orientações médicas são realizadas à distância. Os atendimentos podem ser realizados por telefone ou vídeochamadas, através de ferramentas online como o Zoom e o Google Meet, por exemplo.

Com o distanciamento social, o médico deve redobrar sua atenção ao paciente, minimizando assim a falta de contato físico. Neste momento, a humanização é ainda mais primordial. Não é possível examinar o paciente, o que resta é ouvi-lo, buscar entendê-lo, para então ser capaz de oferecer um diagnóstico e tratamento precisos. 

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