Governança clínica: o que é, para que serve e como aplicá-la
A governança clínica é uma estratégia interessante para instituições de saúde que buscam a melhoria contínua em seus serviços. Tem como foco o aprimoramento da assistência ofertada aos pacientes, assim como a otimização da gestão administrativa.
Ao longo deste artigo vamos explicar detalhadamente o que é e como aplicar o conceito de governança clínica em seu negócio.
O que é governança clínica?
Governança clínica é um modelo de gestão em saúde que visa melhorar a qualidade dos cuidados prestados aos pacientes, através de uma abordagem colaborativa e baseada em evidências.
Portanto, essa é uma estratégia que busca aprimorar a eficácia, eficiência e segurança da assistência à saúde, promovendo a melhoria contínua dos processos clínicos.
O conceito surgiu nos anos 90, a partir de mudanças realizadas no NHS, sistema de saúde nacional do Reino Unido. Foi criado então um modelo de gestão hospitalar que direcionou o foco para o aprimoramento das práticas nacionais e internacionais no atendimento, colocando o paciente no centro de todo o tratamento.
A governança clínica é um processo contínuo de avaliação, planejamento, implementação e monitoramento das práticas clínicas, que envolve todos os profissionais de saúde, desde médicos e enfermeiros até administradores e gestores.
A abordagem da governança clínica busca aprimorar a comunicação entre os diferentes membros da equipe, identificar e resolver problemas e promover ações preventivas para melhorar a qualidade dos cuidados prestados.
Alguns dos principais objetivos da governança clínica incluem:
- redução de erros médicos;
- aumento da segurança do paciente;
- melhoria da efetividade dos tratamentos;
- redução de custos;
- melhoria da satisfação dos pacientes.
Para alcançar esses objetivos, a governança clínica utiliza uma série de ferramentas e técnicas, como auditorias clínicas, avaliação de riscos, monitoramento de indicadores de qualidade e utilização de evidências científicas na tomada de decisão clínica. A seguir falaremos mais sobre alguns desses aspectos.
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Auditoria clínica
A auditoria clínica é uma ferramenta importante dentro do conceito de governança clínica. Ela consiste na avaliação sistemática e objetiva da qualidade dos cuidados de saúde prestados a um paciente, de modo a identificar áreas de melhoria e garantir que os cuidados sejam baseados em evidências e sigam as melhores práticas clínicas.
A auditoria clínica pode ser realizada por uma equipe interna de auditoria ou por um auditor externo, e pode incluir revisão de registros médicos, avaliação de processos de cuidados e entrevistas com pacientes e profissionais de saúde.
Algumas maneiras pelas quais a auditoria clínica pode ajudar a promover a governança clínica incluem:
- Identificação de lacunas na qualidade dos cuidados;
- Promoção de cuidados baseados em evidências;
- Melhoria da segurança do paciente;
- Avaliação do desempenho dos profissionais de saúde.
Gerenciamento de riscos
Outro pilar importante dentro da estratégia de governança clínica é o gerenciamento de riscos. Aqui o objetivo é identificar, avaliar e mitigar os riscos associados à prestação de cuidados de saúde. Esses riscos podem incluir erros médicos, eventos adversos, infecções hospitalares, problemas de comunicação e muitos outros.
Ao gerenciar os riscos de forma proativa, as organizações de saúde podem reduzir a incidência de eventos adversos e melhorar a qualidade e segurança dos cuidados de saúde.
O gerenciamento de riscos também pode ajudar a minimizar a exposição legal e financeira da organização, bem como proteger a reputação e a confiança dos pacientes e das partes interessadas.
O gerenciamento de riscos também está intimamente ligado à cultura de segurança da organização, que é um aspecto importante da governança clínica. A cultura de segurança promove uma abordagem proativa para a identificação e mitigação de riscos, incentivando a comunicação aberta e a colaboração entre a equipe de saúde.
Dicas de como aplicar a governança clínica
Abaixo listamos alguns aspectos importantes para se ter em mente na hora de implementar o conceito de governança clínica. Confira:
Identifique os objetivos
O primeiro passo para aplicar a governança clínica é identificar os objetivos e prioridades da organização de saúde. Isso pode incluir a redução de erros médicos, a melhoria da segurança do paciente, a melhoria da efetividade dos tratamentos, a redução de custos e a melhoria da satisfação dos pacientes.
Desenvolva protocolos clínicos
A governança clínica utiliza protocolos clínicos baseados em evidências, que são diretrizes padronizadas para a prestação de cuidados de saúde.
Desenvolver protocolos clínicos para as principais áreas de atuação da organização de saúde é fundamental para garantir a qualidade dos cuidados e a segurança do paciente.
Utilize indicadores de desempenho
Os indicadores de desempenho são uma ferramenta útil para monitorar a qualidade dos cuidados de saúde e identificar áreas de melhoria. A utilização de indicadores de desempenho também permite a comparação dos resultados com outros prestadores de cuidados de saúde e a avaliação do impacto das intervenções realizadas.
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Monitore continuamente
A governança clínica é um processo contínuo e dinâmico, que requer monitoramento constante e ajustes à medida que novas evidências ou necessidades surgem. Portanto, é importante manter uma abordagem adaptativa e estar aberto a mudanças e melhorias contínuas.
Como a telemedicina ajuda no conceito de governança clínica?
A telemedicina pode desempenhar um papel importante na governança clínica, ajudando a melhorar a qualidade e a eficácia dos cuidados de saúde.
Veja a seguir alguns pontos importantes de relacionar ambos conceitos:
- Melhoria do acesso aos cuidados de saúde: a telemedicina ajuda a garantir que todos os pacientes tenham acesso aos cuidados de saúde necessários, independentemente da sua localização geográfica;
- Aumento da eficiência: a telemedicina permite que os médicos atendam a mais pacientes em um período de tempo mais curto. Isso pode ajudar a reduzir os tempos de espera para os pacientes e melhorar a utilização dos recursos de saúde.
- Melhoria da segurança do paciente: permite que os médicos monitorem os pacientes remotamente e forneçam intervenções precoces para evitar complicações;
- Melhoria da comunicação: melhora a comunicação entre os membros da equipe de saúde, permitindo que os médicos compartilhem informações e tomem decisões informadas em tempo real.
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Um dos serviços mais estratégicos da telemedicina, e que vem sendo mais utilizados em instituições de saúde, é o de laudo à distância. Nesse caso, a clínica realiza o exame normalmente, mas envia as imagens para uma empresa terceirizada, como a Mais Laudo, que fica responsável pela elaboração do laudo médico.
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Supervisor de Vendas e Marketing na Mais Laudo. Engenheiro Civil, pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho, atualmente cursando pós-graduação em Gestão Comercial e Vendas. Com mais de 8 anos de experiência em Telemedicina, alia conhecimento técnico a uma visão estratégica para impulsionar resultados em saúde digital e inovação. LinkedIn: @leandroreismg