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Aprenda a escolher um aparelho de tomografia para seu consultório ou clínica

por eDialog / Há 3 semanas
aparelho de tomografia

Escolher o aparelho de tomografia adequado para seu consultório ou clínica não é apenas uma decisão de compra, mas um investimento estratégico que impacta diretamente na qualidade do atendimento ao paciente e na eficiência operacional da sua instituição de saúde. 

Neste artigo preparamos dicas de como selecionar um aparelho de tomografia e apontamos ainda como a telemedicina pode beneficiar o seu fluxo de exames. Continue lendo e se informe!

Entendendo o tomógrafo

O tomógrafo é um aparelho de alta complexidade tecnológica utilizado em exames de tomografia computadorizada (TC), permitindo a visualização de estruturas internas do corpo em detalhes sem precedentes. 

Abaixo listamos os principais componentes do equipamento: 

  • Gantry: Coração do tomógrafo, abriga tubos de raio-x e detectores, essenciais para imagens de alta precisão. É responsável pela precisão e pela qualidade das imagens produzidas, permitindo ajustes finos de tensão (kV) e corrente (mA), que são parâmetros chave para a qualidade das imagens e a segurança do paciente;
  • Tubos de raio-x: Giram ao redor do paciente, emitindo radiação de vários ângulos para captura tridimensional;
  • Detectores: Captam radiação, convertendo-a em sinais elétricos para formar imagens digitais precisas;
  • Mesa de exame: Ajustável, acomoda pacientes, vital para o procedimento, assegura conforto e segurança;
  • Mesa de comando: Posto de controle para o operador, com ferramentas para planejamento e visualização de imagens, inclui sistemas de comunicação com o paciente;
  • Bomba injetora de contraste (opcional): Administra contraste durante exames. O contraste melhora a visibilidade de certas estruturas ou fluidos dentro do corpo, permitindo uma distinção mais clara entre diferentes tecidos. 

Leia também: Ressonância com contraste: o que é e como é realizado o exame?

Como funciona o aparelho de tomografia?

O processo de tomografia computadorizada inicia-se com o posicionamento do paciente na mesa de exame. 

Uma vez iniciado o exame, o tubo de raio-x e os detectores no Gantry giram 360° em torno do paciente, enquanto a mesa se move para otimizar as posições de captura. 

Os raios-x emitidos são atenuados de forma diferente pelos diversos tecidos do corpo, desde os mais densos, como os ossos, até os menos densos, como os tecidos moles e o ar. Essa variação na atenuação é captada pelos detectores, convertida em sinais elétricos e, finalmente, em imagens digitais por um computador. 

A habilidade de diferenciar entre diversos tipos de tecido com tal precisão é o que torna a TC uma ferramenta diagnóstica tão eficiente.

Critérios de escolha de aparelho para tomografia

A escolha de um tomógrafo envolve a consideração de vários fatores, tais como:

  • Tipos de exames a serem realizados: Dependendo da complexidade e variedade dos exames desejados, o número de cortes (slices) do tomógrafo se torna um critério importante a ser considerado. Equipamentos com maior número de cortes oferecem exames mais rápidos e detalhados, ideais para procedimentos complexos e um alto volume de pacientes.

  • Instalações físicas: É fundamental avaliar o espaço disponível e as necessidades de infraestrutura, incluindo sistemas de resfriamento e requisitos elétricos, para acomodar o tomógrafo escolhido;
  • Exigências regulatórias: A conformidade com normas de segurança e exposição à radiação também deve ser levada em conta, garantindo que o equipamento atenda às regulamentações locais e internacionais.


Número de cortes

Os tomógrafos variam no número de cortes, que influencia diretamente na capacidade de realizar exames rápidos e complexos. 

Equipamentos de 16 a 64 canais são comuns, com modelos premium oferecendo até 320 canais. Vamos detalhar os modelos com base na capacidade de cortes e suas respectivas aplicações e limitações:

Modelos de 16 canais

Os tomógrafos de 16 canais são considerados uma opção de entrada no mundo da tomografia computadorizada avançada. 

Eles são capazes de realizar a maioria dos exames de imagem de rotina, incluindo estudos de crânio, tórax, abdômen e coluna. 

Embora ofereçam um bom equilíbrio entre custo e desempenho para procedimentos padrão, eles têm limitações quanto à velocidade de aquisição de imagem e à capacidade de realizar exames mais complexos, como aqueles que exigem imagens de alta resolução ou estudos cardíacos dinâmicos.

Modelos de 20 a 40 canais

Os tomógrafos que se situam na faixa de 20 a 40 canais representam um meio-termo no espectro de capacidades de imagem. Eles podem lidar com uma gama mais ampla de procedimentos do que os modelos de 16 canais, incluindo alguns exames mais especializados. 

No entanto, esses sistemas ainda encontram restrições em aplicações de alta complexidade, como estudos cardíacos detalhados e algumas aplicações de neurorradiologia que exigem o mais alto nível de detalhe e capacidade de captura rápida.

Modelos de 64 canais

Os tomógrafos de 64 canais são amplamente utilizados devido à sua versatilidade e capacidade de realizar quase todos os tipos de exames de tomografia computadorizada com alta eficiência. 

Essa faixa de modelo oferece uma excelente resolução de imagem e tempos de exame reduzidos, tornando-os adequados para uma vasta gama de aplicações, incluindo estudos cardíacos, vasculares e de emergência. 

Eles são particularmente valorizados por sua habilidade em realizar exames complexos com rapidez e precisão, o que os torna preferenciais em ambientes de alta demanda.

Modelos premium (128 canais e acima)

Os modelos premium, com 128 canais ou mais, estão na vanguarda da tecnologia de tomografia computadorizada. Eles são projetados para aplicações de altíssima complexidade, oferecendo a maior resolução de imagem e a menor dose de radiação possível. 

Estes tomógrafos são capazes de realizar exames extremamente rápidos e precisos, incluindo estudos cardíacos avançados, análises de perfusão cerebral e outros exames especializados que beneficiam de imagens de alta definição. Contudo, o custo de aquisição e manutenção desses sistemas é significativamente mais alto.

Otimização e redução de doses

Com a crescente preocupação sobre a exposição à radiação, é essencial escolher um tomógrafo equipado com tecnologias de otimização de dose, como o Controle de Exposição Automático e Programas de Reconstrução Iterativa. 

Essas ferramentas ajustam automaticamente a dose de radiação, mantendo a qualidade das imagens e a segurança dos pacientes.

Sistema de resfriamento

O sistema de resfriamento de um tomógrafo é um componente importante para a operação contínua e segura do equipamento. 

Existem principalmente dois métodos de resfriamento empregados em tomógrafos: resfriamento a base de ar e resfriamento a base de água. Saiba mais sobre eles: 

Resfriamento a base de ar

No resfriamento a base de ar, o sistema utiliza o fluxo de ar ambiente para dissipar o calor gerado pelo equipamento. Isso é conseguido através de ventilação forçada, com entradas e saídas de ar estrategicamente localizadas ao redor do gantry e outros componentes críticos.

Vantagens:
  • Simplicidade e baixo custo de manutenção: Não há necessidade de tratar a água ou de manter sistemas de bombeamento e resfriamento externos;
  • Independência de instalações específicas: Esses sistemas não dependem de uma fonte de água dedicada, o que os torna mais flexíveis em termos de localização e instalação dentro de uma clínica ou hospital;
  • Facilidade de implementação: Por serem mais simples, os sistemas de resfriamento a ar podem ser mais facilmente adaptados ou atualizados conforme necessário.
Desvantagens:
  • Eficiência limitada em climas quentes: A eficácia do resfriamento a ar pode ser limitada em ambientes com temperaturas elevadas, já que depende significativamente da temperatura do ar ambiente;
  • Risco de obstrução e acúmulo de poeira: As entradas de ar podem ser obstruídas por poeira e outros detritos, o que requer manutenção regular para garantir a eficiência do resfriamento.

Resfriamento a base de água

O resfriamento a base de água utiliza água circulante para absorver e dissipar o calor do tomógrafo. Este método geralmente envolve um sistema de refrigeração externo, no qual a água é resfriada antes de ser circulada através do equipamento para extrair o calor.

Vantagens:
  • Maior eficiência de resfriamento: A água tem uma capacidade térmica muito maior do que o ar, o que significa que sistemas a base de água podem ser mais eficientes na dissipação do calor, especialmente em ambientes mais quentes ou em uso intensivo do equipamento;
  • Menos dependente da temperatura ambiente;
  • Sistemas a base de água tendem a ser mais silenciosos do que os sistemas a base de ar, o que pode contribuir para um ambiente de exame mais confortável para o paciente.
Desvantagens:
  • Sistemas a base de água são mais complexos e requerem uma manutenção mais rigorosa, incluindo o tratamento da água e a manutenção do sistema de refrigeração externo;
  • A instalação de um sistema de resfriamento a base de água pode exigir infraestrutura adicional, como acesso a uma fonte de água e espaço para o equipamento de refrigeração.

Leia também: Dicas de como escolher os aparelhos para sua clínica médica

Laudo eletrônico da tomografia

A emissão de laudos à distância de tomografia, conhecida como telerradiologia, é uma prática crescente na medicina moderna.

Após a realização da tomografia computadorizada, as imagens são digitalizadas e convertidas em formatos que podem ser facilmente transmitidos eletronicamente.


Estas imagens digitais são então transmitidas através de redes seguras para um radiologista em outro local. Esta transmissão geralmente ocorre através de sistemas de PACS (Picture Archiving and Communication System) que garantem a segurança e a privacidade dos dados do paciente.


Um radiologista especializado, muitas vezes em um local diferente do paciente, analisa as imagens e prepara um laudo detalhado, descrevendo os achados e fornecendo uma interpretação diagnóstica com base nas imagens da coluna.


O laudo é então enviado de volta ao médico que solicitou o exame, normalmente via sistema eletrônico, para revisão e continuidade do cuidado ao paciente.


Veja suas principais vantagens:

  • Acesso a especialistas: Permite que instituições que não possuem radiologistas especializados no local tenham acesso a especialistas para avaliações mais precisas;
  • Rapidez no diagnóstico: A capacidade de enviar imagens digitalmente e receber laudos remotamente acelera significativamente o processo de diagnóstico;
  • Redução de custos: A telerradiologia pode reduzir os custos associados à contratação de especialistas em tempo integral, especialmente em áreas remotas ou em instituições com baixo volume de exames;
  • Flexibilidade: Os radiologistas podem trabalhar de locais remotos, proporcionando flexibilidade e possibilitando uma melhor distribuição dos especialistas;
  • Arquivamento e acesso: Os laudos online podem ser facilmente arquivados e acessados para consultas futuras, facilitando o acompanhamento do paciente.


Tire suas dúvidas sobre laudos médicos de exames a distância aqui. 

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