Vigilância epidemiológica e telemedicina: aplicações e benefícios
Em meio a um mundo cada vez mais digital, torna-se importante abordar as interseções entre saúde pública e tecnologia. Neste artigo vamos explorar a relação entre a vigilância epidemiológica e a telemedicina, bem como seus benefícios mútuos. Continue a leitura e fique por dentro.
O que é vigilância epidemiológica?
A Vigilância Epidemiológica é um conjunto de ações focadas na detecção e prevenção de doenças transmissíveis e seus fatores de risco. Segundo a Fundação Ezequiel Dias, referência na área no Estado de Minas Gerais, seu objetivo principal é fornecer orientação técnica contínua para profissionais de saúde.
Esse campo surgiu na década de 1950, tendo como marco inicial no Brasil a Campanha de Erradicação da Varíola entre 1966 e 1973. Desde então, a vigilância epidemiológica integrou as Secretarias Estaduais de Saúde, passando por várias modificações. Atualmente, o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE) faz parte do Sistema Único de Saúde (SUS) desde sua criação em 1990.
Objetivos da Vigilância Epidemiológica
Dentre os objetivos da Vigilância Epidemiológica, podemos destacar:
- Coordenar a resposta estadual a doenças transmissíveis de notificação compulsória;
- Gerir e apoiar a operacionalização do Programa de Imunizações no Estado;
- Instituir, desenvolver, implementar e avaliar ações de vigilância epidemiológica e assistenciais, particularmente em relação a infecções sexualmente transmissíveis, HIV/Aids e Hepatites Virais;
- Participar de ações de cooperação técnica para a vigilância, prevenção e controle das doenças e agravos transmissíveis;
- Elaborar e divulgar informes epidemiológicos e notas técnicas.
A Telemedicina como auxiliar na vigilância epidemiológica
A telemedicina traz benefícios significativos para a vigilância epidemiológica, entre eles a teleconsulta e a integração de dados.
Teleconsulta
O atendimento médico online serve tanto para atendimentos de emergência quanto para o monitoramento de casos, sendo uma importante ferramenta na detecção e controle de surtos de doenças.
Integração de Dados
A integração de sistemas e dados é fundamental para coleta, armazenamento e análise de informações, tarefas essenciais na vigilância epidemiológica. Sistemas integrados possibilitam a detecção rápida de um surto ou epidemia, permitindo uma ação rápida e eficiente.
Leia também: Como funciona a telemedicina no SUS?
A Telemedicina na Pandemia da Covid-19
Durante a pandemia de Covid-19, a telemedicina desempenhou um papel crucial na detecção de casos e na orientação de pacientes. Foi especialmente útil durante períodos de escassez de profissionais de saúde e de equipamentos de proteção individual.
Um estudo na Bahia, por exemplo, utilizou dados de um serviço estadual de telessaúde para prever a propagação geográfica de novos casos de Covid-19. Os resultados desse estudo apontaram a importância de incorporar dados de telessaúde e tecnologias digitais de saúde no monitoramento da propagação de doenças emergentes e reemergentes.
O estudo apontou que para 181 (43%) dos 417 municípios da Bahia, a primeira ligação relatando sintomas de Covid-19 precedeu a primeira notificação da doença. As ligações antecederam, em média, 30 dias da notificação da Covid-19 nos municípios do estado da Bahia.
Os autores do estudo concluíram que os dados dos serviços de telessaúde e tecnologias digitais de saúde devem ser usados para monitoramento da propagação de outras doenças emergentes e reemergentes.
Fonte: Portal Fiocruz
Regulamentação da Telemedicina no Brasil
Recentemente, duas importantes medidas foram decretadas indicando o avanço da telemedicina no Brasil.
A Lei nº 1998/2020, que autoriza e conceitua a prática de telessaúde, foi aprovada pela Câmara dos Deputados. Além disso, o Conselho Federal de Medicina publicou a Resolução CFM nº 2.314/2022 definindo e regulamentando a telemedicina.
Entre os principais marcos da nova resolução está a permissão da realização do atendimento à distância na primeira consulta, desde que atendidas as condições previstas no documento e as boas práticas médicas. Antes, a prática era permitida apenas em casos de urgência.
Além disso, a telemedicina passa a ser liberada nas seguintes modalidades de atendimentos médicos:
- Teleconsulta;
- Teleinterconsulta;
- Telediagnóstico;
- Telecirurgia;
- Telemonitoramento ou televigilância;
- Teletriagem;
- Teleconsultoria.
Leia também: Qual é o futuro da telemedicina após pandemia?
Veja como a Mais Laudo pode te ajudar!
A emissão de laudos à distância é uma das práticas de telemedicina mais utilizadas por instituições de saúde atualmente.
Neste caso, os exames são realizados na clínica e enviados para uma empresa terceirizada, como a Mais Laudo, que fica responsável pela elaboração do laudo médico.
Além de melhorar o cotidiano da clínica ao proporcionar a otimização das atividades do médico, o consultório que contrata esse tipo de serviço assegura uma experiência de mais qualidade para o paciente.
Ao contratar os serviços da Mais Laudo, a equipe poderá oferecer atendimentos personalizados para os seus pacientes. Isso possibilita o aumento gradativo do reconhecimento da clínica no mercado.
Por isso, é muito importante aproveitar ao máximo os recursos e os benefícios que a telemedicina pode trazer para a sua unidade e especialmente para os seus pacientes.
Supervisor de Vendas e Marketing na Mais Laudo. Engenheiro Civil, pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho, atualmente cursando pós-graduação em Gestão Comercial e Vendas. Com mais de 8 anos de experiência em Telemedicina, alia conhecimento técnico a uma visão estratégica para impulsionar resultados em saúde digital e inovação. LinkedIn: @leandroreismg