Riscos ocupacionais: o que são, tipos, classificação por cores e como gerenciá-los

Toda empresa precisa estar atenta aos riscos ocupacionais, de modo a criar estratégias para minimizá-los. Isso é ainda mais importante para as instituições de saúde, que, afinal, lidam diariamente com uma série de assuntos delicados.
Pensando nisso, preparamos esse artigo para apresentar tudo sobre o assunto. Continue a leitura e tenha acesso as seguintes informações:
- O que são riscos ocupacionais?
- Quais são os tipos de riscos ocupacionais? Confira exemplos
- O que é e como criar um mapa de riscos ocupacionais?
- Cores dos riscos ocupacionais
- Tabela de riscos ocupacionais
- Benefícios da tecnologia aplicada na saúde ocupacional
- FAQ: dúvidas frequentes sobre o assunto
- Considerações finais
O que são riscos ocupacionais?
Todo e qualquer perigo que os trabalhadores estão expostos em seu dia a dia são considerados riscos ocupacionais.
Você sabia que, de acordo com um levantamento realizado pelo Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho da Secretaria Especial do Trabalho, a cada 49 segundos um acidente de trabalho é registrado no Brasil?
Esse número demonstra a importância das empresas terem estratégias voltadas para a prevenção de acidentes. Isso é importante tanto para tornar o ambiente de trabalho seguro para os colaboradores quanto para a garantia da credibilidade do negócio.
– Leia também: SST (Segurança e Saúde no Trabalho): o que é, pilares, normas e principais benefícios
Quais são os tipos de riscos ocupacionais? Confira exemplos
Os tipos de riscos ocupacionais estão descritas nas normas regulamentadoras.
As NR-9 e NR-12, basicamente as normas regulamentadoras da saúde ocupacional, juntamente com a Portaria 25/1994 classificam os riscos ocupacionais em cinco tipos distintos: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e acidentais. Falaremos mais sobre cada um deles a seguir.
1. Riscos físicos
São todos agentes que representam riscos físicos aos trabalhadores, como por exemplo: ruídos, vibrações, radiações ionizantes, frio, calor, pressões anormais e umidade.
Cada um desses riscos conta com uma limitação permitida, como máximo de decibéis, por exemplo. Todos esses limites estão descritos, em sua maioria, na NR-15.
2. Riscos químicos
Neste grupo encontram-se as substâncias, compostos ou produtos capazes de penetrar no organismo via respiratória como gases, poeiras e vapores. Além disso, também é considerado risco químico substâncias que podem ser absorvidas pela pele ou ingestão.
O limite de exposição é determinado pelo nível de toxicidade do agente químico.
3. Riscos biológicos
São considerados riscos biológicos a interação com bactérias, fungos e protozoários. Neste caso, as medidas de prevenção vão depender da patogenicidade à qual o colaborador está exposto em seu ambiente de trabalho.
– Leia também: Doenças ocupacionais: o que são, quais as mais comuns e exames usados para identificação
4. Riscos ergonômicos
Ergonomia diz respeito à interação do homem com as máquinas e equipamentos, ou seja, é a ciência que considera fatores físicos, fisiológicos e psicossociais dos trabalhadores e do ambiente de trabalho. Em geral, está relacionada à forma como o ser humano executa seu trabalho, por isso, visa adaptações no ambiente que possam proporcionar maior conforto e segurança em suas rotinas.
São considerados riscos ergonômicos: postura inadequada, levantamento e transporte de peso, jornadas prolongadas, entre outras situações que exijam esforço físico intenso.
– Leia também: Ergonomia no trabalho: principais riscos e ações preventivas para médicos
5. Riscos de acidentes/mecânicos
Entram nesse grupo todas as situações que podem representar um risco de acidente. É o caso, por exemplo, de uma má iluminação, manuseio de máquinas e equipamentos sem proteção, infraestrutura inadequada, trabalho em altura, atividades que contém risco de choque elétrico, entre outros.
O que é e como criar um mapa de riscos ocupacionais?
O mapa de riscos ocupacionais é um instrumento legal de atuação direta nos ambientes de trabalho. Seu objetivo é o estabelecimento da segurança e saúde na empresa.
Para sua elaboração deve-se haver um planejamento e estudo sobre o ambiente de uma clínica. Dessa forma, será mais fácil identificar quais são os principais riscos e ameaças presentes no ambiente.
Portanto, a criação do mapa facilita o gerenciamento de riscos ocupacionais, preparando sua instituição para qualquer situação emergencial que possa vir a acontecer. Dessa forma, ela passará por momentos de crise sem que isso afete consideravelmente o andamento dos processos.
A área da saúde é um ambiente propício a situações emergenciais, por isso mesmo o mapa de risco se faz ainda mais necessário. Sua elaboração garante a segurança do paciente e dos profissionais envolvidos no processo.
Cores dos riscos ocupacionais
Para elaboração do mapa de riscos ocupacionais, além de indicar o grupo ao qual cada risco pertence, o gestor também deve fazer a classificação dos riscos ocupacionais por cor. O objetivo é tornar a visualização e compartilhamento dessas informações mais claro para toda a equipe.
Os riscos são classificados da seguinte forma:
- Riscos físicos – cor verde;
- Riscos químicos – cor vermelha;
- Riscos biológicos – cor marrom;
- Riscos ergonômicos – cor amarela;
- Risco de acidentes – cor azul.
Tabela de riscos ocupacionais
Confira a seguir tabela de riscos ocupacionais completa com a classificação em grupos, de acordo com sua natureza e padronizada pelas cores correspondentes.

Benefícios da tecnologia aplicada na saúde ocupacional
Um termo que tem ganhado destaque dentro da saúde ocupacional é a telemedicina. Ela se fundamenta no uso da tecnologia em prol dos procedimentos médicos.
O resultado dessa união é a simplificação da rotina hospitalar, resultados de exames mais ágeis e qualificados, além do aumento da qualidade no atendimento oferecido ao paciente.
Um dos serviços que mais beneficiam a medicina ocupacional é o de laudos à distância, ou telelaudos. Afinal, a alta demanda de exames é um dos principais problemas em clínicas do setor. O resultado é a demora na entrega dos resultados dos exames e a sobrecarga da equipe médica. Ao contratar o serviço de laudos online esses problemas serão solucionados.
Os laudos médicos emitidos à distância possuem a mesma qualidade visual e técnica de um laudo convencional. E ainda, há a vantagem de obter o resultado mais rápido, agilizando o atendimento.
Com a emissão de laudos online, o paciente não precisa esperar dias e dias pelo resultado do exame. Com o laudo médico pronto em tempo mais ágil é possível oferecer uma dedicação mais personalizada em etapas estratégicas do tratamento ao paciente.
FAQ: dúvidas frequentes sobre o assunto
Riscos ocupacionais são todo e qualquer perigo ao qual os trabalhadores estão expostos durante suas atividades diárias. Tratar e reduzir esses riscos é essencial para prevenir acidentes, proteger a saúde dos colaboradores e preservar a credibilidade da empresa.
Existem 5 tipos de riscos ocupacionais: físicos (como ruído, vibrações, radiações, frio e calor), químicos (gases, poeiras, vapores e substâncias absorvíveis), biológicos (bactérias, fungos, protozoários), ergonômicos (postura inadequada, levantamento de peso, jornadas prolongadas) e de acidentes/mecânicos (máquinas sem proteção, iluminação deficiente, trabalho em altura, risco de choque elétrico).
Riscos ergonômicos decorrem da interação entre o trabalhador e o ambiente, máquinas ou tarefas, envolvendo fatores físicos, fisiológicos e psicossociais. Eles se manifestam em posturas inadequadas, esforços repetitivos, transporte/levantamento de cargas e jornadas longas, e exigem adaptações do ambiente e do trabalho para garantir conforto e segurança.
Não. O risco ocupacional é o potencial de dano no ambiente de trabalho. Já a insalubridade é caracterizada quando esse risco ultrapassa limites legais, o que gera direito a adicional previsto pela legislação trabalhista.
Vários elementos influenciam a presença e a gravidade dos riscos, entre eles o ambiente físico (iluminação, temperatura, ruído), o estado e a proteção dos equipamentos, a organização do trabalho (jornada, pausas, rotinas), a qualificação e comportamento dos trabalhadores, além de fatores individuais e do planejamento realizado para identificar e controlar esses riscos.
As normas que tratam da saúde e segurança ocupacional incluem a NR-9 (relacionada ao programa de prevenção de riscos ambientais) e a NR-12 (segurança no trabalho com máquinas e equipamentos), além da Portaria 25/1994 que também participa da classificação. Limites e tolerâncias para agentes físicos aparecem, por exemplo, na NR-15.
Gerenciamento de riscos ocupacionais é o conjunto de ações contínuas que identificam, avaliam, priorizam e controlam os riscos, com o objetivo de minimizar incidentes e preparar a instituição para emergências, aproveitando, quando pertinente, tecnologias que agilizem diagnósticos e laudos.
O inventário de riscos é o registro sistemático do levantamento dos perigos existentes no ambiente de trabalho (onde são identificados os agentes, locais, níveis de exposição e possíveis consequências) servindo como base para elaborar o mapa de riscos e planejar medidas de controle e ações preventivas.
Para facilitar a leitura do mapa de riscos, cada grupo recebe uma cor: riscos físicos — verde; riscos químicos — vermelho; riscos biológicos — marrom; riscos ergonômicos — amarelo; risco de acidentes — azul.
A responsabilidade é do empregador, que deve implementar programas de prevenção, mas a avaliação normalmente é conduzida por profissionais de Segurança do Trabalho (engenheiros e técnicos), com apoio de médicos do trabalho.
Considerações finais
Riscos ocupacionais exigem atenção contínua, especialmente em instituições de saúde, e demandam mapeamento, controle e treinamento para proteger pessoas e garantir a continuidade dos serviços.
Implementar o mapa de riscos, seguir as NRs e aproveitar tecnologias (como telelaudos da Mais Laudo) reduz acidentes, agiliza decisões e fortalece a credibilidade da instituição.
