Teste de Acuidade Visual: O que é? Como é feito? Tabela ou Aparelho?
O teste de acuidade visual é usado para analisar o quanto alguém é capaz de distinguir o contorno e a forma das coisas. É importante para detectar problemas de visão em pessoas de todas as idades.
Nesse sentido, um exame importante é o teste de Ishihara, aplicado para avaliar a percepção das cores e diagnosticar o daltonismo.
Ao longo do texto você vai descobrir as informações mais importantes que precisa saber a respeito do exame, como por exemplo:
- O que é o teste de acuidade visual?
- Como é feito o exame e o que é avaliado?
- Qual a diferença entre a Tabela de Snellen e o aparelho de laser?
- O que é e como é realizado o Teste de Ishihara?
- Quando é necessário investigar o daltonismo?
- Como a telemedicina pode beneficiar a realização do teste de acuidade visual?
Continue a leitura e saiba mais sobre esse tipo de exame!
O que é o teste de acuidade visual?
Acuidade significa ter uma grande capacidade de percepção. No que se refere à visão, representa o quanto uma pessoa consegue ver as coisas com maior nitidez, com uma grande distinção entre formas, cores e tamanhos.
Assim, o teste de acuidade visual é o exame mais elementar para se checar a capacidade funcional da vista de uma pessoa. Quanto melhor o resultado, maior a habilidade de enxergar perfeitamente.
O exame é muito comum, principalmente na medicina do trabalho. Afinal, ele serve para avaliar se o trabalhador possui algum problema na visão que ofereça riscos a ele e aos colegas.
Quando detecta uma função mais baixa da visão, o exame deve ser seguido por outros mais complexos. Estes, por sua vez, determinarão a origem do problema e como corrigi-lo. Porém, na maioria das vezes, o uso de óculos já é suficiente para corrigir as alterações.
Ou seja, o teste de acuidade visual é uma forma simples, rápida e barata de descobrir anomalias da visão.
Como é feito o teste de acuidade visual e o que é avaliado?
O teste de acuidade visual pode ser feito por um oftalmologista, optometrista, um técnico em óptica ou um enfermeiro. No teste padrão, é usada a Tabela de Snellen. A tabela é formada por diversas linhas com letras que vão reduzindo de tamanho. A pessoa deve conseguir ler a certa distância, o que determinará a sua acuidade visual.
A tabela é marcada por dois números. O primeiro indica a distância em pés entre o quadro e o paciente. Já o segundo representa a fileira menor das letras que pode ser lida pelo paciente. Convencionou-se que a distância será de 20 pés (seis metros). Sendo assim, quando marcado 20/40, significa que uma pessoa deve ser capaz de enxergar a fileira 40 a 12 metros de distância.
Lembrando que a visão 20/20 é a considerada normal.
Também podem ser usados equipamentos especiais e mais modernos, como o Potencial de Acuidade Macular (PAM), feito a laser. Eles têm características e recomendações diferentes, como será destacado a seguir.
Qual a diferença entre a tabela e o aparelho?
Como já foi dito, a tabela é uma forma simplificada de conferir a acuidade visual de pessoas que até então não apresentaram nenhuma anomalia. Assim, é bem prática e fácil de ser instalada.
Porém, em alguns casos é recomendado que seja feito o teste de acuidade visual com o laser, por ser mais preciso. São eles:
- pessoas diagnosticadas com doenças oculares;
- traumas e acidentes recentes no olho;
- pré e pós-cirurgias oculares;
- presença de catarata.
O que é e como é realizado o Teste de Ishihara?
Também chamado de avaliação do Senso Cromático, o teste é realizado com o apoio das figuras de Ishihara. O mesmo recebeu esse nome em razão de seu criador, o oftalmologista Shinobu Ishihara.
O médico japonês desenvolveu, em 1917, um teste de daltonismo que consiste na utilização de figuras para avaliar a percepção das cores. As figuras de Ishihara consistem em placas ou discos formados por círculos desordenados e coloridos, contendo números em seu interior.
A identificação dos números só é perfeitamente realizada por pessoas com visão normal, sendo impossível para daltônicos. No entanto, é necessário expor uma série de imagens para indicar um diagnóstico. A quantidade de acertos varia de acordo com o grau e tipo de daltonismo.
Além disso, o teste de Ishihara também colabora na avaliação de doenças que cometem o nervo óptico. Este é feito por meio da pesquisa de dificuldades na visão das cores, assim como de doenças maculares — área da retina com alta concentração de cones.
Como funciona o teste de Ishihara?
Cada placa é composta por um número e uma composição de cores diferentes. Sendo assim, para cada uma delas é esperado um resultado, de acordo com a capacidade de distinção das cores — de normal ao daltônico total. O teste também é capaz de excluir falsos daltônicos.
Isso porque o número 12, contido em uma das placas, pode ser percebido por todos, portadores de daltonismo ou não. Já o número 6, exposto em outro disco, não pode ser distinguido por daltônicos de qualquer tipo.
Há um círculo em que pessoas com a visão normal enxergam o número 74, enquanto aqueles que têm incapacidade de ver vermelho ou verde (forma mais comum da doença) visualizam o número 21. Já os daltônicos totais não identificam número algum.
Quando é necessário investigar o Daltonismo?
A suspeita de daltonismo geralmente ocorre na infância. Geralmente quando após os 3 anos a criança continua a apresentar dificuldade em apontar corretamente o nome das cores.
Outra situação comum é ela colorir desenhos com os tons errados, como pintar cenouras de cor de rosa, árvores de vermelho ou tomates de amarelo.
No entanto, em alguns casos o diagnóstico do daltonismo pode passar despercebido por anos. Um adulto daltônico pode viver normalmente, apenas com alguma dificuldade para combinar roupas e distinguir objetos, como maçãs verdes de vermelhas.
Porém, do ponto de vista da medicina do trabalho, a realização do teste de Ishihara é fundamental, uma vez que a perfeita distinção de cores é inerente a algumas funções. É o caso de trabalhadores de laboratórios de análises clínicas, indústrias químicas, escritórios de desenho, designers, indústrias têxteis, área de geologia, entre outros. Além disso, a avaliação de senso cromático é importante para o teste de habilitação.
Vale lembrar que os exames de vista devem ser realizados por todos os funcionários da empresa, no exame admissional e nos periódicos. A periodicidade deve ser anual, mas o médico coordenador do PCMSO pode determinar um prazo maior ou menor conforme a conveniência.
Telemedicina como auxiliar na realização do teste de acuidade visual
O teste de acuidade visual é um dos exames ocupacionais complementares mais comuns e com grande importância para a medicina do trabalho.
A telemedicina, mais precisamente o serviço de emissão de laudos à distância pode otimizar a realização do exame. Ou seja, o teste de acuidade visual poderá ser realizado por técnicos e enfermeiros de qualquer clínica ou consultório e ser enviado de forma online para oftalmologistas realizarem o laudo com o resultado do exame.
Com isso, além do ganho em produtividade, também há uma redução de custos. Isso acontece uma vez que não será necessário contar com profissionais exclusivos na clínica para atender a demanda de exames de acuidade visual.
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Supervisor de Vendas e Marketing na Mais Laudo. Engenheiro Civil, pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho, atualmente cursando pós-graduação em Gestão Comercial e Vendas. Com mais de 8 anos de experiência em Telemedicina, alia conhecimento técnico a uma visão estratégica para impulsionar resultados em saúde digital e inovação. LinkedIn: @leandroreismg