Aprenda a escolher um aparelho de mamografia para seu consultório ou clínica
As campanhas de prevenção ao câncer de mama são pauta na mídia há décadas. Instituições e organizações investem muito na conscientização sobre essa condição médica que afeta tantas mulheres ao redor do mundo.
A Sociedade Brasileira de Mastologia afirma que 60% a 70% dos tumores nas mamas são detectados quando já possuem mais de dois centímetros: esse é um estágio considerado avançado, com tratamentos e curas mais difíceis e agressivas ao corpo das pacientes.
Aumentar a capacidade de detecção do aparelho de mamografia nas clínicas é fundamental para auxiliar na prevenção e detecção precoce dos tumores, ajudando a garantir melhores condições para as pacientes.
Neste artigo, iremos explorar quais aspectos devem ser levados em consideração na escolha de um aparelho de mamografia para consultório, hospital ou clínica. Confira.
A importância do aparelho de mamografia
O exame de mamografia é o principal recurso médico para diagnóstico de câncer. Com a radiografia das mamas, é possível encontrar tumores em fase inicial, lesões, nódulos e microcalcificações.
O mamógrafo é um aparelho de raio-x que trabalha com imagens de alta resolução. O procedimento simples expõe as pacientes a baixos níveis de radiação.
Por conta da popularidade, existem dezenas de modelos no mercado com maneiras de operação distintas.
No Brasil, recomenda-se que a mamografia seja anual em mulheres acima dos 40 anos, e periódica em mulheres acima dos 50 por conta do aumento na incidência de câncer a partir dessa faixa etária.
As principais diferenças na qualidade das imagens se dão pelo tipo de aparelho utilizado. A seguir, falaremos mais sobre os dois mais comuns.
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Tipos de aparelhos de mamografia
Os mamógrafos surgem de maneira analógica em 1931 com M. Romagnoli, ainda que o estudo da radiologia nas doenças da mama tenha começado em 1913 com Albert Salomon. Desde 1990, as tecnologias digitais têm facilitado a vida de médicos e pacientes.
Mamógrafo analógico para exames convencionais (filme)
O mamógrafo é um aparelho que usa o raio X para conseguir uma imagem clara das mamas. O modelo analógico possui um tubo na área superior, no qual a radiação é produzida. Depois, uma ampola no aparelho dispara um feixe de raio X que cruza o tecido mamário.
Para gerar imagens com maior nitidez, as pacientes são posicionadas em pé diante do aparelho e seguem as instruções do técnico em radiologia responsável.
As mamas são posicionadas na bandeja do mamógrafo, onde são comprimidas vertical e horizontalmente. A compressão facilita na formação de imagens uniformes, mostrando tecidos com melhor qualidade. Para ver as imagens, é necessário imprimir o filme.
Entre as principais vantagens do aparelho de mamografia analógico, podemos citar hoje o menor preço no mercado graças ao seu modo de produção mais antigo, o que facilita o investimento para clínicas e consultórios interessados em oferecer o serviço.
Contudo, entre as desvantagens, podemos citar a necessidade das imagens serem impressas, exigência de novos exames caso o material não fique nítido, pequeno desconforto causado aos pacientes, uso de produtos químicos voláteis na revelação dos filmes e as imagens precisam ser armazenadas com cuidados.
Ou seja, ainda que o aparelho traga grandes vantagens no diagnóstico do câncer de mama e na prevenção a doenças, mesmo com os preços mais baixos, o equipamento possui alguns problemas no uso.
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Mamógrafo digital (DR)
O mamógrafo digital bilateral é bem parecido com a versão analógica, mas não possui o encaixe para filme ou placa de imagem.
Assim, nesse aparelho, a mamografia digital envia diretamente as imagens a um computador sem passar por outros dispositivos.
O procedimento é o mesmo: a paciente posiciona as mamas normalmente na bandeja do aparelho e as tem comprimidas vertical e horizontalmente. Na sequência, um feixe de raios X atinge o local. Por fim, e aqui a grande diferença, os raios X são transformados em imagens digitais e enviados ao computador através de um software específico.
Esse modelo, que já não podemos chamar de novo por estar no mercado há mais de 30 anos, é mais sensível e oferece melhor capacidade de visualização de alterações no tecido mamário.
Além disso, outras vantagens do aparelho de mamografia digital incluem: menor necessidade de captação de imagens da mama, menor compressão para obter bons registros, consequente redução na quantidade de raios X, menor incidência no retrabalho das imagens, ausência da necessidade de filmes e produtos químicos para revelação de imagens, possibilidade de aumento, diminuição e ajuste das imagens nos computadores e armazenamento em nuvem dos registros.
Contudo, toda essa tecnologia e facilidade geram problemas: os preços são mais altos e é necessário treinar adequadamente a equipe para uso do aparelho. O mau uso pode prejudicar o resultado do exame e ainda colocar a saúde das pacientes em risco.
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Diferenças entre a mamografia digital e a mamografia convencional
A principal diferença entre a mamografia digital e a analógica está no quão cedo é possível detectar o tumor: para a digital, é possível identificá-lo quando ainda não é palpável, ou seja, com menos 1 centímetro.
Na fase subclínica, além de não ser palpável, ainda pode passar de 6 a 11 anos sem qualquer sintoma ou sinal da doença – o que por sua vez dificulta o diagnóstico.
Neste estágio inicial, o tumor já passou por 20 duplicações celulares, e pode ser encontrado em um exame mais profundo e preciso das mamas.
Por conta disso, a mamografia digital vem sendo cada vez mais utilizada, visto que, com uma descoberta precoce, as chances de cura são de 98% com o tratamento correto.
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Perigo da falta de conformidade entre aparelhos de mamografia
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), alertou em 2016 sobre a falta de adequação dos mamógrafos às exigências brasileiras de qualidade.
A SBM ressaltou que entre 60% e 70% dos tumores nas mamas só são identificáveis em estágio avançado (<2cm). Sem profissionais qualificados utilizando os equipamentos corretos, fica difícil realizar diagnósticos precoces.
Por conta disso, a entidade defendeu a aplicação do PNQM: Programa Nacional de Qualidade em Mamografia. A iniciativa entrou em vigor ainda antes do relatório da organização, em 2012, através da Portaria nº531, que prevê o monitoramento e realização de testes de desempenho nos mamógrafos.
Durante as avaliações, os equipamentos passam por verificação do sistema de colimação dos feixes de raio X, bem como avaliação de qualidade da imagem gerada e da compressão, tamanho do ponto focal, desempenho do controle de densidade e outros aspectos mais.
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3 pontos para observar ao escolher um aparelho de mamografia para clínicas e consultórios
A escolha do aparelho de mamografia para clínicas e consultórios requer uma avaliação cuidadosa. Aqui estão três métodos para ajudar nesse processo: análise das necessidades clínicas, pesquisa de mercado e consulta a especialistas.
Primeiro, analisar as necessidades clínicas é fundamental. Considerando a demanda de pacientes, o perfil dos exames realizados e as especificidades técnicas necessárias é essencial para identificar os recursos e funcionalidades essenciais em um aparelho de mamografia.
Em seguida, a pesquisa de mercado permite comparar diferentes marcas e modelos de equipamentos disponíveis.
É importante buscar informações sobre a reputação do fabricante, qualidade da imagem produzida, durabilidade e confiabilidade dos equipamentos, além da disponibilidade de assistência técnica e suporte pós-venda.
Além disso, a consulta a especialistas é valiosa. Profissionais experientes na área podem oferecer insights sobre os aparelhos de mamografia disponíveis, destacando pontos positivos e negativos de diferentes modelos e marcas.
Esses especialistas podem fornecer orientações personalizadas com base nas necessidades específicas da clínica ou consultório.
A telemedicina junto dos aparelhos de mamografia
Além da seleção adequada do aparelho de mamografia, a telemedicina desempenha um papel crucial na prevenção do câncer de mama. Ela oferece benefícios significativos no diagnóstico precoce e no atendimento.
Através da telemedicina, é possível realizar a interpretação remota dos exames por especialistas, mesmo que estejam distantes geograficamente, o que agiliza o acesso aos resultados e facilita a troca de informações entre médicos.
A telemedicina também aumenta a acessibilidade aos exames, especialmente em regiões remotas, reduzindo custos e inconveniências para os pacientes.
Com uma infraestrutura adequada e treinamento adequado dos profissionais de saúde, a telemedicina pode aprimorar o rastreamento e o tratamento do câncer de mama, proporcionando uma abordagem mais eficiente e integrada.
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Supervisor de Vendas e Marketing na Mais Laudo. Engenheiro Civil, pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho, atualmente cursando pós-graduação em Gestão Comercial e Vendas. Com mais de 8 anos de experiência em Telemedicina, alia conhecimento técnico a uma visão estratégica para impulsionar resultados em saúde digital e inovação. LinkedIn: @leandroreismg