6 tipos de pacientes comuns em consultórios e como lidar com eles
Uma clínica médica lida diariamente com vários tipos de pacientes. Existem aqueles que são mais tranquilos e outros que podem ser especialmente desafiadores. Por isso, é importante mapear características comuns entre eles, de modo a encontrar a melhor forma de atendê-los.
Afinal, é preciso reconhecer as singularidades e necessidades de cada indivíduo. Apenas dessa forma é possível oferecer um atendimento humanizado e personalizado.
Pensando nisso, listamos seis perfis comuns de pacientes em instituições de saúde. Conheça as características de cada um e veja como lidar com eles de forma eficiente.
Por que é importante oferecer um atendimento personalizado?
Antes de apresentarmos os tipos de pacientes, precisamos entender porque é importante atender cada pessoa de acordo com sua individualidade.
Quando falamos de atendimentos em saúde, há dois aspectos fundamentais para o pleno exercício da profissão.
O primeiro deles diz respeito às competências técnicas, ou seja, habilidades necessárias para realizar diagnósticos e tratamentos de qualidade.
O segundo aspecto está relacionado às competências comportamentais. É o caso, por exemplo, de habilidades como comunicação e empatia.
Não é incomum vermos em clínicas médicos um foco muito maior nas competências técnicas e a negligência das habilidades comportamentais. Contudo, um atendimento em saúde, que lida com pessoas que encontram-se em situações de vulnerabilidade (em qualquer nível), deve oferecer uma relação menos mecânica e mais humanizada.
Assim, cria-se uma relação de confiança, muito mais sólida do que acontece durante atendimentos generalistas.
Tipos de pacientes mais comuns em clínicas
1. Paciente “Google”
Esse é um perfil comum em clínicas e consultórios médicos. São aqueles indivíduos que fazem uma série de pesquisas na internet e chegam à consulta com vários achismos sobre o que eles possam ter.
Inclusive, em alguns casos, eles já chegam com hipóteses diagnósticas. Nesse contexto, eles provavelmente tentarão convencê-lo de que suas suposições estão corretas.
Por isso, quando você se deparar com uma situação similar, é muito importante esclarecer com muito afinco todos os anseios dele. Explique com segurança quais os passos necessários para a busca de um diagnóstico e, posteriormente, a indicação correta de tratamento.
2. Paciente hipocondríaco
Todo profissional de saúde já deve ter atendido um paciente hipocondríaco em algum momento em sua carreira.
Esse paciente é aquele que vai procurar a clínica mesmo quando não há necessidade de atendimento. Ele provavelmente se automedica com frequência, sem a devida supervisão e também percebe sintomas que não existem de fato.
O mais correto a se fazer nessas situações é orientá-lo, de acordo com o seu conhecimento técnico, de que as suas percepções sobre sua saúde são infundadas. Claro, sempre baseie-se em exames para certificar-se de que não há de fato nenhum problema de saúde com o paciente.
Você pode ainda aconselhá-lo a procurar ajuda de um psicólogo, caso julgue necessário.
3. Paciente fragilizado
Em atendimentos médicos é comum receber pacientes mais fragilizados, sejam porque receberam diagnósticos graves ou apenas porque estão receosos com o tratamento.
Por isso, esse paciente merece atenção especial do profissional. Busque ouvi-lo com compaixão, acolha-o em seus anseios, demonstre que você entende suas dores.
Ou seja, aplique com ele um atendimento humanizado, aquele que vai além de apenas prestar um serviço em saúde, mas que oferece um ambiente de acolhimento, de compaixão e empatia.
Dessa forma, você conquista a confiança desse paciente e, então, ele passa a se sentir muito mais confortável.
Leia também: Atendimento médico: como a Mais Laudo ajuda a acelerar essa etapa na prática
4. Paciente contestador
Esse é um tipo de paciente mais desafiador, pois ele costuma ser altamente crítico com uma série de questões, como preço do serviço, horário, tempo de tratamento etc.
Por isso, ele pode ser mais resistente às suas recomendações e questionar de forma exagerada cada etapa do atendimento.
O mais recomendável é ouvi-lo com atenção, esclarecer com detalhes suas dúvidas e, sempre que sua reclamação for válida, informar que serão tomadas providências para resolvê-las.
É importante que você não adote uma postura defensiva, pois isso pode gerar um descontentamento ainda maior com o paciente. Seja firme, mas nunca desconsidere o que lhe for relatado.
5. Paciente inseguro
O paciente inseguro é aquele que está sempre a um passo de desistir do tratamento. Ele teme os possíveis efeitos colaterais, assim como as possibilidades que podem ser descobertas em um exame, por exemplo. Nesse caso, é comum que o paciente “paralise” e não retorne ao consultório.
Por isso, quando se deparar com um paciente com essas características, busque ser o mais paciente e didático possível. Evite jargões médicos que possam assustá-lo e ofereça sempre estatísticas realistas sobre o seu quadro.
6. Paciente “autosuficiente”
Esse é o tipo de paciente que não tem costume de procurar ajuda médica e acredita que pode se recuperar sozinho de qualquer enfermidade. Ele acredita que ir ao médico apenas é necessário em casos de emergência.
Por isso, o paciente autosuficiente geralmente busca uma clínica apenas quando está muito debilitado ou quando é obrigado pelos familiares. Portanto, ele já chega à clínica receoso e, de certa forma, irredutível.
Nesse contexto, o profissional de saúde deve buscar o máximo de dados e exames possíveis que possam dar credibilidade para suas orientações. Busque deixar claro a importância dele seguir o tratamento adequado para sua plena recuperação.
Supervisor de Vendas e Marketing na Mais Laudo. Engenheiro Civil, pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho, atualmente cursando pós-graduação em Gestão Comercial e Vendas. Com mais de 8 anos de experiência em Telemedicina, alia conhecimento técnico a uma visão estratégica para impulsionar resultados em saúde digital e inovação. LinkedIn: @leandroreismg