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Risco cirúrgico cardiológico: o que é, como funciona, principais exames e critérios

por Leandro Reis / Há 2 meses
Risco cirúrgico cardiológico: o que é, como funciona, principais exames e critérios

A avaliação do risco cirúrgico cardiológico é importante para o médico recomendar ou contraindicar um procedimento. Todo paciente deve passar por essa análise antes de qualquer cirurgia. O grau de investigação irá depender de determinados fatores que envolvem o risco de complicações do procedimento. 

Quer entender melhor sobre o risco cirúrgico? Então continue a leitura que vamos explicar:

  • O que é o risco cirúrgico cardiológico? 
  • Importância da definição do risco cirúrgico
  • Como estratificar o risco cirúrgico?
  • Protocolo para um procedimento cirúrgico 
  • Quais são os exames de risco cirúrgico?

O que é o risco cirúrgico cardiológico? 

Risco cirúrgico é uma avaliação feita para estimar o risco do paciente durante uma cirurgia. Ou seja, o médico deverá avaliar a saúde do coração do paciente. Para isso, deve-se realizar determinados protocolos que foram criados por órgãos responsáveis pela saúde no Brasil. 

Estes protocolos serão direcionamentos que o médico vai seguir para chegar a conclusão do grau de risco cirúrgico do paciente. Este risco irá depender de uma série de fatores, desde histórico familiar, idade, capacidade funcional, dentre outros.

Importância da definição do risco cirúrgico

É preciso definir o risco cirúrgico cardiológico do paciente antes de qualquer procedimento. É a partir dessa informação que o médico vai definir qual operação mais indicada para o caso, e se recomenda ou não a cirurgia

O coração é responsável por bombear o sangue que leva oxigênio para todas as células do corpo. Logo, ele precisa estar forte para aguentar passar por um procedimento que vai exigir muito dele. 

Por isso, todo cuidado é pouco antes de uma cirurgia. A avaliação clínica do paciente deve ser feita de modo a descobrir fatores de risco que poderiam fazer com o que corpo entre em colapso durante o procedimento. 

Se houver fatores de risco pode ser necessário repensar a estratégia durante a cirurgia. Por exemplo, pode ser necessário uma monitorização intra e pós-operatório ou até um suporte maior durante a cirurgia, solicitando apoio de aparelhos de ventilação mecânica. 

– Leia também: Monitorização cardíaca: protocolos e melhores práticas para o procedimento

Como estratificar o risco cirúrgico?

Existem quatro fatores principais que vão influenciar para o baixo risco ou alto risco durante o procedimento: o grau da cirurgia, o porte da cirurgia, o histórico do paciente e sua capacidade funcional. Vamos explicar melhor sobre cada destes fatores a seguir: 

1. Grau da cirurgia

O primeiro passo para avaliar a necessidade de cirurgia é o grau de urgência de realização da mesma.

Ela pode ser uma emergência, quando há risco de vida iminente para o paciente, logo não se tem tempo para realizar as avaliações. Nesses casos, o médico deve atuar com prevenção e compensação de possíveis complicações. 

Pode ser também uma cirurgia de urgência, em que sua realização é muito importante, mas o médico tem ainda alguns dias para preparar o paciente. 

E o terceiro cenário é quando a cirurgia é eletiva. Ou seja, poderiam existir outros tratamentos, mas a cirurgia seria a melhor solução. Nesses casos o médico tem um tempo maior para avaliar o risco cirúrgico, de modo a levar o paciente para o procedimento nas melhores condições possíveis. 

2. Porte da cirurgia

A cirurgia pode ser de porte pequeno, médio ou alto. O seu tamanho também terá influência no requerimento de exames complementares para avaliar o risco. 

  • Cirurgias de pequenos porte são por exemplo, reconstrutivas, cirurgia de mama, tireoide, dentre outras;
  • Procedimentos de médio porte são cirurgias ortopédicas, renal, neurocirurgia, dentre outras;
  • Cirurgias de alto porte: cirurgias vasculares abertas, transplante hepático ou pulmonar, pneumectomia, dentre outros. 

– Leia também: Telecirurgia: o que é, como funciona e regulamentação no Brasil

3. Histórico do paciente

É fundamental que se faça uma avaliação detalhada do histórico clínico do paciente. O objetivo é descobrir se há em seu quadro qualquer fator de risco que poderia aumentar o trauma operatório e até impactar na recuperação do paciente. 

São considerados fatores de risco: 

  • Idade;
  • Histórico Familiar;
  • Capacidade funcional debilitada;
  • Diabetes;
  • Doenças crônicas;
  • Dentre outros. 

4. Capacidade funcional

Pode parecer bobeira, mas a capacidade funcional pode influenciar e muito na avaliação do grau de risco cirúrgico cardiológico. 

Por exemplo, um paciente que pratica esportes, terá um risco menor do que um paciente que é sedentário e não tem costume de se exercitar com frequência.

É importante que o profissional avalie todos esses itens citados acima (porte da cirurgia, histórico do paciente e capacidade funcional) em conjunto. 

Fazendo essa análise completa do quadro do paciente, será então possível prever o risco cirúrgico do paciente de forma bem mais assertiva. Garantindo assim, um procedimento mais seguro. 

Protocolo para um procedimento cirúrgico 

Para avaliar o risco cirúrgico cardiológico deve-se seguir um protocolo estabelecido por órgãos da área da saúde. São eles, a anamnese, exame físico e exames complementares. Entenda como funciona em cada caso. 

Anamnese médica e exame físico em todos os casos antes de uma cirurgia de risco. O primeiro é uma entrevista detalhada que deve ser feita com o paciente. Já o exame físico é um check up para avaliar as condições de saúde do paciente. 

Agora, se for um paciente com fatores de risco, o médico deve solicitar exames adicionais para ter uma visão mais geral do quadro do paciente. 

Quanto mais informações o profissional tiver sobre os riscos da cirurgia, mais fácil será de escolher o procedimento correto e avaliar a viabilidade ou não da sua realização. 

– Leia também: Ficha de anamnese médica: quais dados do paciente são indispensáveis?

Quais são os exames de risco cirúrgico?

Quando há risco de cirúrgico cardiológico deverá ser solicitado uma série de exames complementares, tais como:

Hemograma

Hemograma é um exame de sangue que serve para avaliar vários componentes do sangue, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas e hemoglobina.

O exame tem objetivo de identificar quadros como anemia, infecções e distúrbios de coagulação, que podem impactar a capacidade do paciente de suportar o estresse cirúrgico. Por exemplo, a anemia severa pode aumentar o risco de complicações relacionadas à oxigenação inadequada dos tecidos durante a cirurgia. 

Testes de Coagulação

Esses testes vão avaliar a capacidade do sangue de formar coágulos, portanto, eles identificam distúrbios que podem causar hemorragias graves ou até trombose durante e após a cirurgia. 

A devida avaliação da coagulação permite ajustes na medicação anticoagulante e no manejo perioperatório. Os exames mais comuns são: Tempo de Protrombina (TP), Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPA) e o nível de Fibrinogênio.

Dosagem de Creatinina

A creatinina é um produto de degradação da creatina, que é filtrado pelos rins. A dosagem de creatinina no sangue é usada para avaliar a função renal. Como sabemos, uma função renal comprometida pode influenciar na eliminação de medicamentos e na capacidade de manter o equilíbrio de fluidos e eletrólitos durante a cirurgia.

Eletrocardiograma (ECG)

O ECG faz o registro da atividade elétrica do coração, logo, permite a visualização de ritmos cardíacos e possíveis anomalias, como arritmias, isquemia miocárdica e alterações estruturais do coração. Quando identificada alguma irregularidade neste exame, é indicado um monitoramento mais intensivo durante a cirurgia. 

Teste Ergométrico (Teste de Esforço)

Esse exame avalia o funcionamento do coração em resposta a exercícios físicos, geralmente realizados em uma esteira ou bicicleta ergométrica. Sua função é identificar possíveis isquemias induzidas pelo esforço. 

A resposta ao exercício fornece informações sobre a reserva cardíaca e o nível de estresse que o coração pode suportar durante a cirurgia.

Telemedicina como suporte

Os exames de risco cirúrgico demandam muito tempo para sair o resultado final. E na maioria das cirurgias, o tempo é muito precioso. Uma solução que tem sido muito buscado é a telemedicina, mais especificamente a terceirização do serviço de emissão de laudos.

A Mais Laudo oferece o serviço de laudos à distância de diversos exames e garante a entrega do laudo em até 24 horas úteis.

Como funciona o serviço de emissão de laudo à distância? 

O exame deve ser realizado normalmente por um técnico ou enfermeiro em sua clínica. A diferença é que os resultados obtidos no exame devem ser encaminhados para uma empresa de telemedicina. 

A Mais Laudo é uma dessas empresas que oferecem o serviço de laudo de exame médico à distância. Sendo assim, quando os resultados do teste forem anexados em nossa plataforma, eles serão direcionados para um de nossos especialistas. 

O profissional fará a interpretação do exame e disponibilizará o resultado do laudo novamente na plataforma em até 24 horas úteis, como mencionado anteriormente. 

Benefícios do laudo à distância

Mais qualidade nos laudos: Acesso à um corpo clínico especializado pagando apenas sob demanda;

Aumento da produtividade: Sua equipe pode focar em etapas mais estratégicas, otimizando a produtividade de todos;

Agilidade na entrega dos resultados: Liberação de laudos em até 24h. Em casos de urgência o resultado pode ser liberado ainda mais rápido;

Escalabilidade: o nosso prazo não varia de acordo com a demanda, pelo contrário, sua instituição pode crescer sem receio;

Redução de custos: Elimina-se a necessidade de contar com um corpo médico exclusivo para a interpretação da acuidade visual. 

Segurança e confiabilidade dos dados: os laudos ficam armazenados e disponíveis para a empresa contratante por 5 anos.

– Leia também: Telemedicina cardiológica: o que é, como funciona e principais vantagens

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