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Como fazer corretamente o descarte de lixo hospitalar?

por maislaudo / Há 2 anos
descarte de lixo hospitalar

O descarte de lixo hospitalar é uma medida que deve ser realizada com muita atenção pelas instituições de saúde, de modo a garantir a segurança de seus colaboradores e também a preservação do meio ambiente. 

É importante entender quais são os tipos de resíduos produzidos pela organização e conhecer quais são os descartes adequados para eles. Nós vamos te ajudar nessa missão. Ao longo deste artigo você descobrirá tudo o que precisa saber sobre o descarte correto de lixo hospitalar. Continue lendo e fique por dentro! 

Classificação dos resíduos hospitalares 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) elaborou a Resolução RDC nº 33/03 que dispõe sobre a classificação dos resíduos hospitalares em grupos distintos. São eles: 

Grupo A (potencialmente infectantes) 

São os resíduos que contam com a presença de agentes biológicos que podem representar risco de infecção. Ex.: 

  • resíduos de fabricação de produtos biológicos;
  • bolsas de sangue contaminado;
  • peças anatômicas (tecidos, membros e órgãos) do ser humano.

GRUPO B (Químicos)

São os resíduos que contém substâncias químicas que representam risco à saúde ou ao meio ambiente, independente de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Exemplos: 

  • medicamentos Imunossupressores;
  • substâncias para revelação de filmes de raio-x; 
  • reagentes para laboratório, isolados ou em conjunto.

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Grupo C (Rejeitos radioativos) 

São materiais resultantes de atividades humanas que contenham radioatividade em quantidade superior aos limites permitidos e que não possam ser reutilizados. Enquadram-se neste grupo, todos os resíduos contaminados com radionuclídeos.

Grupo D (Resíduos comuns) 

É todo o lixo hospitalar que não encontra-se contaminado ou que tenha capacidade de gerar acidentes. É o caso por exemplo de: 

  • luvas;
  • gazes;
  • materiais que possam ser reciclados. 

Grupo E (Perfurocortantes) 

São todos objetos e instrumentos capazes de furar ou cortar. Ex.: 

  • lâminas;
  • bisturis;
  • ampolas de vidro. 

Entenda como deve ser feito o descarte de lixo hospitalar 

Agora que você já conhece quais são os tipos de lixo hospitalar, chegou a hora de descobrir como deve ser feito o descarte desses resíduos. Veja abaixo qual é o passo a passo geral indicado pela Anvisa. 

Segregação

Esse processo consiste na separação do lixo hospitalar ainda no momento e local da sua geração. Isso deve ser realizado de acordo com as suas características físicas, químicas, biológicas, espécie, estado físico e classificação, como indicado acima. 

Acondicionamento 

Diz respeito à embalagem correta dos resíduos separados na etapa anterior, de acordo com as suas características. Eles devem ser armazenados em sacos e/ou recipientes impermeáveis, que sejam resistentes à rupturas e vazamentos. 

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Identificação 

São as medidas necessárias para reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes, de modo que seja possível verificar qual seria o correto manejo dos mesmos. 

Sendo assim, essa identificação deve estar exposta nos sacos de acondicionamento, assim como nos recipientes de coleta interna e externos de transporte interno e externo e também nos locais de armazenamento. 

Além disso, essa informação deve estar clara e em local de fácil visualização, e deve conter os símbolos baseados na norma da ABNT, NBR 7.500 – Símbolos de Risco e Manuseio para o Transporte e Armazenamento de Materiais.  

Transporte interno 

É a etapa de transporte do lixo hospitalar que vai desde os pontos de geração até o local destinado ao armazenamento temporário ou à apresentação para a coleta externa. 

Esse processo deve seguir algumas regras, como: 

  • ter roteiro definido e em sentido único; 
  • ser realizado em horários distintos da distribuição de roupas, alimentos e medicamentos;
  • durante períodos com o menor fluxo de pessoas possível;
  • ser transportado separadamente e em recipientes adequados para cada grupo de resíduos;
  • os recipientes devem ser constituídos de material rígido, lavável e impermeável;
  • recipientes com mais de 400 L de capacidade devem contar com válvula de dreno no fundo. 

Armazenamento temporário 

Essa etapa acontece quando os recipientes contendo os lixos hospitalares são armazenados temporariamente em local próximo aos pontos de geração. Em geral, eles são utilizados para agilizar o processo de coleta e transporte até o ponto destinado para a coleta externa. 

Tratamento 

Esse tratamento é realizado para modificar as características biológicas ou a composição do lixo hospitalar, objetivando a redução ou eliminação do risco de causar doenças.

Isso pode acontecer no próprio estabelecimento ou em um outro local, desde que respeitadas as condições adequadas para o transporte. 

É importante frisar ainda que os sistemas para tratamento desses resíduos devem ser objetivo de licenciamento ambiental, por órgão do meio ambiente e são passíveis de fiscalização e de controle pelos órgãos de vigilância sanitária. 

Armazenamento externo 

É o processo de armazenamento dos recipientes de resíduos até a realização da coleta externa. Isso deve acontecer em ambiente exclusivo e com acesso facilitado para os veículos coletores. 

Coleta e transporte externos 

É o processo de remoção do lixo hospitalar até a unidade de tratamento ou sua destinação final. Essa coleta deve ser realizada de modo a garantir a preservação da integridade física das pessoas envolvidas no processo, assim como do meio ambiente, estando de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana.

Destinação final 

Consiste na disposição dos resíduos no solo, desde que este esteja preparado para recebê-lo, isto é, de acordo com critérios técnicos de construção e operação, assim como licenciamento em órgão ambiental competente. 

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