Ritmo sinusal no ECG: como interpretar e quais condutas tomar
Ritmo sinusal no ECG é um conceito comum na medicina cardiológica. Por isso, é importante entender o que isso significa, como interpretá-lo e quais condutas tomar a partir desse resultado.
No texto abaixo vamos explicar tudo o que você precisa saber sobre esse resultado que se apresenta em um eletrocardiograma. Continue a leitura e fique por dentro.
O que é ritmo sinusal?
É um ritmo encontrado em eletrocardiogramas (ECG) e representa condições de pacientes saudáveis.
Portanto, ritmo sinusal é o ritmo cardíaco normal e significa que sua trajetória, duração e efeitos estão ocorrendo normalmente.
Seu nome é originado do nó sinusal, local onde são iniciados os estímulos elétricos que fazem o músculo cardíaco bater.
Em suma, a trajetória percorrida por cada impulso elétrico acontece da seguinte maneira:
- Nasce no nó sinusal e segue pelos feixes internodais até o nó atrioventricular;
- Acontece ali um pequeno retardo do estímulo, evitando assim que átrios e ventrículos se contraem simultaneamente;
- Ocorre atração de íons de cálcio para dentro das células (despolarização elétrica);
- Com a entrada do cálcio, o músculo se contrai;
- Há liberação de íons de potássio (repolarização elétrica);
- Por fim, o miocárdio relaxa até que o processo inicie novamente.
Em outras palavras, o caminho percorrido pelo estímulo elétrico é o seguinte:
- Nó sinusal;
- Átrio direito;
- Átrio esquerdo;
- Nó atrioventricular (fica entre os átrios e os ventrículos);
- Ventrículos.
Esse sistema elétrico é essencial para o correto funcionamento do ciclo cardíaco. Todo esse processo leva apenas dezenove segundos para acontecer.
Como interpretar o ritmo sinusal no ECG?
Agora chegou a hora de interpretar um ritmo sinusal em um eletrocardiograma.
Basicamente, os critérios mais importantes para identificá-lo são:
- Onda P com eixo entre 0-90° à onda P positiva em D1, D2 e aVF e negativa em aVR;
- Ondas P com a mesma morfologia;
- Após toda onda P haverá um complexo QRS.
Além disso, outros detalhes no exame podem ajudar o cardiologista a detectar o ritmo sinusal, como por exemplo:
- Frequência cardíaca entre 50-100 bpm;
- Intervalo RR constantes;
- Intervalo PR igual ou maior a 0,12 segundos.
Portanto, caso identificado essas informações no ECG, significa que há ritmo sinusal, portanto, normal.
Variações no ritmo sinusal
Caso as informações acima não sejam encontradas no ECG, você pode estar diante de um desses casos:
- Arritmia sinusal: ocorre quando há um aumento normal da frequência cardíaca durante a inspiração. É mais comum em crianças do que em adultos.
- Taquicardia sinusal: ocorre quando há aumento no batimento cardíaco em decorrência de disparos rápidos do nós sinoatrial. É comum em resposta a exercícios físicos, febre, baixa oxigenação do sangue (hipóxia), entre outros.
Calculando a frequência cardíaca
Como já apontado anteriormente, a frequência cardíaca (quantidade de batimentos por minuto – bpm) é um dos indicativos de um ritmo sinusal normal. Em um adulto saudável ela deve estar entre 50 a 100 bpm.
Por isso, vamos indicar como calculá-la a partir do ECG.
No eletrocardiograma, um minuto corresponde a 300 quadrículos. Logo, para identificar a frequência cardíaca é preciso calcular o número de quadrículos entre o topo de uma onda R e outra.
Quando identificado apenas um quadriciclo, significa que o coração bate a 300 bpm; dois a 150 bpm e três a 100 bpm.
Quais condutas tomar a partir desse resultado?
Um ritmo sinusal é uma condição cardíaca normal, portanto, quando detectado o profissional deve apenas recomendar que o paciente siga levando uma vida saudável, de modo que se mantenha o bom resultado.
São algumas orientações válidas nesse sentido:
- Ter uma alimentação balanceada, evitando o consumo excessivo de açúcar e gorduras;
- Praticar exercícios físicos regularmente;
- Diminuir o consumo de bebida alcoólica;
- Fazer exames periodicamente.
Suporte da telemedicina para o exame de ECG
Devido à importância do eletrocardiograma para um diagnóstico cardíaco preciso, torna-se fundamental a elaboração de um laudo ágil e de qualidade.
Para que seja realizada uma interpretação assertiva das ondas presentes nos gráficos do ECG, é importante que ela seja feita por um médico especialista.
Neste sentido, a telemedicina cardiológica é uma grande aliada. A emissão de laudos à distância é uma de suas possibilidades, e veio para solucionar a necessidade de instituições de saúde contratarem equipe especializada para atender à demanda de exames.
Além disso, ao optar por terceirizar o serviço, a clínica economiza com os custos e ainda garante a emissão de laudos mais ágeis e com mais qualidade.
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Supervisor de Vendas e Marketing na Mais Laudo. Engenheiro Civil, pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho, atualmente cursando pós-graduação em Gestão Comercial e Vendas. Com mais de 8 anos de experiência em Telemedicina, alia conhecimento técnico a uma visão estratégica para impulsionar resultados em saúde digital e inovação. LinkedIn: @leandroreismg