Riscos ergonômicos no trabalho: quais são e como identificá-los
Os riscos ergonômicos são uma das principais preocupações no ambiente de trabalho moderno. Em suma, esses riscos envolvem condições que podem comprometer a saúde física e mental dos colaboradores, impactando diretamente a produtividade e o bem-estar.
Neste artigo, vamos abordar detalhadamente o que são os riscos ergonômicos, como identificá-los e evitá-los, e como a telemedicina pode ser uma aliada nesse processo.
Índice:
- O que são riscos ergonômicos?
- Por que monitorar riscos ergonômicos no trabalho?
- Quais são os riscos ergonômicos mais comuns?
- Quais as consequências dos riscos ergonômicos?
- Como identificar os riscos ergonômicos?
- Como evitar riscos ergonômicos?
- Como a telemedicina ajuda no controle de riscos?
Continue a leitura para entender mais sobre o tema!
O que são riscos ergonômicos?
Em resumo, os riscos ergonômicos referem-se a fatores presentes no ambiente de trabalho que podem causar lesões ou desconforto físico, mental e emocional.
Além disso, eles estão diretamente relacionados à forma como as atividades são realizadas, incluindo postura inadequada, repetitividade de movimentos, esforço físico excessivo e uso de mobiliário inadequado.
Por isso, esses riscos estão presentes em diversos setores, como na indústria, no comércio e até mesmo em áreas administrativas. Portanto, compreender e atenuar esses fatores é fundamental para garantir a saúde ocupacional de todos da equipe.
Por que monitorar riscos ergonômicos no trabalho?
Neste contexto, monitorar os riscos ergonômicos é essencial para prevenir problemas de saúde e promover um ambiente de trabalho mais seguro. Entre os principais motivos para realizar esse monitoramento estão:
- Prevenção de doenças ocupacionais: doenças como LER (Lesões por Esforços Repetitivos) e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) podem ser evitadas;
- Redução de custos: a prevenção de afastamentos médicos e tratamentos reduz custos operacionais;
- Aumento da produtividade: colaboradores saudáveis são mais engajados e produtivos;
- Cumprimento de normas legais: no Brasil, a Norma Regulamentadora NR-17 estabelece diretrizes para a ergonomia no trabalho.
Quais são os riscos ergonômicos mais comuns?
É importante lembrar que esses fatores podem se manifestar em qualquer ambiente, mas são especialmente recorrentes em áreas da saúde como a enfermagem, em que as longas jornadas e o esforço físico contínuo aumentam a exposição ao risco.
Em síntese, os exemplos de riscos ergonômicos mais frequentes incluem:
- Postura inadequada: sentar ou trabalhar em posições que sobrecarregam a coluna e as articulações. Além disso, após a pandemia, muitos trabalhos da área corporativa se tornaram 100% remotos (Home Office), o que aumentou a ocorrência desse risco;
- Movimentos repetitivos: tarefas que exigem repetição constante de ações, como digitar ou embalar produtos;
- Esforço físico excessivo: levantamento de cargas pesadas sem técnicas adequadas;
- Mobiliário inadequado: cadeiras e mesas que não oferecem suporte adequado ao corpo;
- Estresse mental: excesso de pressão e demandas podem causar fadiga e ansiedade.
Quais as consequências desses riscos?
Como podemos perceber, a exposição prolongada a riscos ergonômicos pode gerar diversas consequências negativas, incluindo:
- Problemas musculoesqueléticos: dores lombares, tendinites e bursites são comuns, principalmente em atividades que demandam movimentos repetitivos;
- Redução da qualidade de vida: desconforto físico pode impactar a vida pessoal e profissional;
- Afastamentos médicos: doenças ocupacionais frequentemente levam a licenças e interrupções no trabalho;
- Custos adicionais para a empresa: desde despesas médicas até perdas por baixa produtividade.
Como identificar os riscos ergonômicos?
Identificar riscos ergonômicos é um passo essencial para garantir a saúde e segurança dos colaboradores, além de melhorar a produtividade da equipe.
Dessa forma, essa identificação deve ser feita de maneira sistemática, abrangente e contínua, levando em conta tanto o ambiente físico quanto as condições de trabalho.
Pensando nisso, separamos abaixo algumas estratégias detalhadas para esse processo:
1. Realizar uma Análise Ergonômica do Trabalho (AET)
Em resumo, a Análise Ergonômica do Trabalho (AET) é uma ferramenta fundamental para identificar riscos. Além disso, essa avaliação segue diretrizes da Norma Regulamentadora NR-17 e analisa as atividades desempenhadas pelos colaboradores, incluindo:
- Posturas adotadas durante a execução das tarefas;
- Movimentos repetitivos e sua frequência;
- Uso de força física em determinadas ações;
- Condições de iluminação, temperatura e ruído no ambiente;
- Adequação do mobiliário e equipamentos às necessidades do trabalhador.
Dessa forma, essa análise deve ser conduzida por profissionais especializados em ergonomia, que possuem o conhecimento técnico necessário para identificar problemas e propor soluções.
2. Observar o ambiente e as rotinas de trabalho
A observação direta é uma prática simples, mas eficaz, para identificar riscos. Dessa forma, supervisores, gestores ou ergonomistas podem:
- Acompanhar as rotinas diárias dos colaboradores;
- Analisar as interações entre os trabalhadores e os equipamentos/mobiliário;
- Identificar posturas inadequadas ou movimentos forçados.
Assim, essa abordagem ajuda a perceber situações de risco que poderiam passar despercebidas em avaliações teóricas.
3. Aplicar checklists ergonômicos
Os checklists ergonômicos são ferramentas padronizadas que ajudam a identificar problemas em diferentes áreas do ambiente de trabalho. Em suma, eles incluem questões como:
- O mobiliário é ajustável?
- Há equipamentos adequados para reduzir esforços físicos?
- Os colaboradores possuem suporte para as costas e membros?
- A iluminação e a ventilação são apropriadas para as atividades realizadas?
Além disso, esses checklists são fáceis de implementar e podem ser utilizados periodicamente para monitorar melhorias e evitar acidentes de trabalho.
4. Realizar mapeamento das atividades
O mapeamento detalhado de atividades consiste em documentar e analisar as tarefas realizadas por cada colaborador. Dessa forma, esse processo envolve:
- Registrar o tempo gasto em cada tarefa;
- Identificar movimentos repetitivos;
- Avaliar pausas e momentos de descanso.
Além disso, esse levantamento permite compreender melhor a rotina e identificar pontos que exigem intervenções.
5. Utilizar tecnologias de monitoramento
Atualmente, diversas tecnologias auxiliam na identificação de riscos ergonômicos, como:
- Sensores de movimento: dispositivos que monitoram a postura e os movimentos dos trabalhadores, fornecendo dados em tempo real sobre possíveis desvios;
- Sistemas de análise de imagens: câmeras podem registrar e analisar padrões posturais e gestuais;
- Software de ergonomia: programas que avaliam o design do ambiente e sugerem adaptações com base nos dados coletados.
Nesse sentido, essas ferramentas oferecem informações precisas e podem ser integradas a um programa de ergonomia mais abrangente.
6. Coletar feedback dos colaboradores
Neste contexto, os próprios trabalhadores são as melhores fontes de informação sobre desconfortos ou dificuldades no desempenho de suas atividades. Dessa forma, algumas maneiras de coletar feedback incluem:
- Pesquisas e questionários: elaborar perguntas específicas sobre dores, desconfortos ou desafios enfrentados no dia a dia;
- Grupos de discussão: promover conversas abertas para que os colaboradores possam compartilhar suas experiências;
- Relatórios de incidentes: incentivar que os trabalhadores registrem quaisquer situações que possam ter causado desconforto ou lesões.
Consequentemente, essa abordagem promove um ambiente participativo, onde os colaboradores sentem-se valorizados, seguros e engajados no processo de melhoria.
7. Avaliação periódica de saúde ocupacional
Por fim, exames de saúde ocupacional podem ajudar a identificar precocemente sinais de problemas relacionados a riscos ergonômicos. Entre os aspectos avaliados, estão:
- Presença de dores ou limitações de movimento;
- Sintomas de estresse ou fadiga;
- Histórico de afastamentos por doenças ocupacionais.
Além disso, as avaliações periódicas, combinadas com a telemedicina, tornam esse processo mais ágil e acessível.
Quais são as principais estratégias para identificar e avaliar os riscos ergonômicos?
Com as estratégias acima bem estruturadas, é possível identificar os riscos ergonômicos de maneira eficaz, tomando as medidas necessárias para corrigi-los e preveni-los. Além disso, outros pontos são importantes, como:
- Avaliações detalhadas: contratar especialistas em ergonomia para analisar os postos de trabalho;
- Uso de tecnologias: ferramentas de monitoramento que capturam dados sobre esforço físico e posturas;
- Treinamento da equipe: ensinar boas práticas posturais e de movimentação;
- Aplicação de questionários: questionários estruturados para identificar dores, desconfortos e problemas relatados pelos funcionários.
Lembre-se: um ambiente seguro não é apenas uma obrigação legal, mas um compromisso com a saúde e o bem-estar de todos os envolvidos.
Como evitar riscos ergonômicos?
Como já comentado, evitar riscos ergonômicos exige uma abordagem proativa e a implementação de boas práticas. Algumas dicas importantes incluem:
- Investir em mobiliário ergonômico: cadeiras com ajuste de altura, mesas adaptáveis e apoio para os pés fazem diferença;
- Promover pausas regulares: intervalos ajudam a reduzir a fadiga muscular e mental;
- Educar sobre posturas corretas: workshops e treinamentos são aliados na prevenção;
- Implantar programas de ginástica laboral: alongamentos e exercícios podem ser realizados no ambiente de trabalho;
- Ajustar a carga de trabalho: garantir que as demandas sejam compatíveis com as capacidades físicas e mentais dos colaboradores.
Como a telemedicina ajuda no controle de riscos?
Em resumo, a telemedicina é uma ferramenta que utiliza tecnologias de comunicação para proporcionar serviços médicos à distância.
No contexto da ergonomia, ela desempenha um papel crucial na identificação, monitoramento e diminuição de riscos ergonômicos, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro e saudável.
Dessa forma, sua importância reside na capacidade de oferecer avaliações rápidas, acesso a especialistas e acompanhamento da saúde contínua, mesmo em locais remotos ou em situações onde o atendimento presencial seja inviável.
Por isso, no controle de riscos ergonômicos, a telemedicina apresenta diversos benefícios e soluções, como:
- Consultas à distância: permite que colaboradores relatam sintomas precocemente e recebam orientações médicas sem precisar sair do local de trabalho;
- Monitoramento remoto: dispositivos conectados podem registrar dados sobre saúde física e fornecer alertas em tempo real;
- Treinamentos virtuais: capacitações sobre ergonomia e boas práticas podem ser realizadas online;
- Laudos à distância: com a Mais Laudo, por exemplo, é possível obter laudos rápidos e confiáveis, facilitando a gestão de saúde ocupacional.
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