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Estresse ocupacional: o que é, principais causas e consequências

por Leandro Reis / Há 2 anos
Estresse ocupacional: o que é, causas e consequências

O estresse ocupacional é um dos vilões de instituições de todos os setores. Isso porque ele traz consequências como queda de produtividade, falhas na execução dos serviços e alta rotatividade na organização.

Quando nos referimos a área da saúde, essas consequências se tornam ainda mais preocupantes, afinal, erros e atrasos nesse setor podem trazer sérios problemas para o bem estar dos pacientes.

Por isso, é fundamental ter atenção aos sinais do estresse ocupacional e buscar formas de evitá-lo em sua instituição médica. Ao longo deste artigo você irá conferir tudo sobre o assunto. Continue lendo e tenha acesso às informações abaixo:

  • O que é estresse ocupacional?
  • Quais são as causas do estresse laboral?
  • Principais consequências do estresse ocupacional
  • Como prevenir o estresse ocupacional no seu estabelecimento de saúde?

O que é estresse ocupacional?

Estresse ocupacional pode ser definido como uma série de problemas físicos e emocionais gerados no ambiente de trabalho. Isto é, quando os colaboradores lidam com condições insalubres no trabalho, isso pode desencadear consequências para a saúde dos mesmos.

Além disso, quando o estresse ocupacional não é tratado, ele pode evoluir para a síndrome de Burnout, que é caracterizada pelo esgotamento físico e psíquico em decorrência do trabalho.

Os primeiros estudos sobre o estresse foram realizados em 1936, pelo pesquisador húngaro Hans Selye. Sua teoria foi que os sintomas do estresse passam por 3 fases sucessivas: alarme, resistência e esgotamento.

  • Alarme: nessa fase ocorre o primeiro contato com o agente estressor. É aqui também que iniciam-se os primeiros sintomas, que em geral costumam ser taquicardia, suor nas mãos, estado de alerta, entre outros;
  • Resistência: aqui nosso corpo busca resistir aos estímulos negativos, tentando voltar ao seu estado original. A tentativa em excesso de se manter estabilizado fisicamente e emocionalmente leva a sintomas como cansaço demasiado, mal estar, tontura, entre outros;
  • Esgotamento: por fim, quando o colaborador chega nessa fase, muito provavelmente ele já desencadeou algum tipo de doença, como ansiedade, depressão, entre outras.

– Leia também: Conheça as normas regulamentadoras da saúde ocupacional

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Quais são as causas do estresse laboral?

Em geral, o ambiente de trabalho nos estabelecimentos de saúde é desgastante por si só e traz consigo uma carga emocional muito grande. Afinal, os trabalhadores desses locais lidam com questões delicadas como o bem-estar dos pacientes e estão diariamente em contato com situações que exigem o máximo de dedicação, seja ela física ou mental.

Por isso, pode-se dizer que a área da saúde é um setor que já é mais propício a levar seu capital humano ao esgotamento. Logo, cabe às instituições observarem quais são as principais causas desse quadro e buscar formas de minimizá-las.

Pensando nisso, listamos abaixo alguns fatores que podem desencadear o estresse ocupacional nesses locais. Veja:

  • Excesso de pressão na rotina de trabalho;
  • Longas jornadas de trabalho;
  • Falta de equipamentos para exercício da função;
  • Atraso nos pagamentos;
  • Falta de oportunidade para crescimento profissional dentro da instituição;
  • Lideranças abusivas.

– Leia também: Riscos ocupacionais: quais são e como fazer o gerenciamento?

Principais consequências do estresse ocupacional

O estresse laboral pode trazer consequências tanto para a saúde do trabalhador, quanto também para o estabelecimento de saúde. Afinal, quando os colaboradores estão insatisfeitos, em geral, eles não conseguem entregar sua melhor performance.

Veja a seguir as consequências do estresse para ambas as partes.

1. Consequências para o trabalhador 

A principal consequência do estresse ocupacional é a saúde, seja ela física ou psicológica. Um ambiente de trabalho insalubre pode trazer problemas sérios que podem evoluir para doenças como tensões musculares e até mesmo úlceras.

Além disso, essa situação pode levar o trabalhador a um quadro de ansiedade e/ou depressão tão grande que o impede de exercer sua profissão. Nesse caso, inicialmente vemos casos de absenteísmo, atrasos e, em casos mais sérios, até abandono do trabalho.

Outras consequências comuns do estresse ocupacional são o abuso de álcool e drogas.

2. Consequências para as empresas

Como mencionado anteriormente, as empresas também sofrem quando os colaboradores encontram-se em quadros de estresse. Listamos abaixo as principais consequências:

  • Queda na produtividade;
  • Aumento de falhas na rotina de trabalho;
  • Clima organizacional ruim;
  • Aumento na rotatividade da empresa;
  • Gastos com tratamentos de funcionários afastados;
  • Prejuízo para a imagem institucional da empresa.

Como prevenir o estresse ocupacional no seu estabelecimento de saúde?

Veja algumas dicas que podem ajudar sua empresa a evitar quadros de estresse ocupacional entre seus funcionários.

1. Invista em ergonomia 

Ergonomia é a ciência que visa a compreensão da relação das pessoas com as máquinas, equipamentos e condições de trabalho.

Ela considera fatores físicos, fisiológicos e psicossociais dos trabalhadores e do ambiente de trabalho. Em geral, está relacionada à forma como o ser humano executa seu trabalho, por isso, visa adaptações no ambiente que possam proporcionar maior conforto e segurança em suas rotinas.

Ao trabalhar a ergonomia no trabalho, os colaboradores ganham um ambiente adaptado às suas necessidades e com minimização dos riscos à saúde. 

Já a instituição ganha funcionários mais satisfeitos e engajados, o que influencia diretamente na produtividade do negócio.

2. Invista em oportunidades e benefícios 

Todo trabalhador precisa sentir que o seu trabalho está sendo valorizado, assim, ele consegue performar com mais motivação. Por isso, cabe à empresa criar um plano de carreira que valorize o esforço do seu funcionário, de forma que ele sinta que ali há espaço para crescer profissionalmente.

Além disso, criar benefícios também é interessante para fazer com que os colaboradores sintam-se valorizados. É o caso, por exemplo, de bônus, acesso a cuidados físicos e mentais, day off de aniversário, entre outros.

3. Dê feedbacks

A prática de feedback é uma forma de dedicar um tempo exclusivo para cada funcionário, ou seja, de valorizar a sua participação e avaliar o seu desempenho na empresa.

Por isso, dedique um tempo para ser franco com seus funcionários, reconhecer o bom desempenho e dar orientações quanto às melhorias necessárias.

4. Invista em atividades físicas 

Em estabelecimentos de saúde é comum que os funcionários fiquem horas em pé e estejam em constante movimento. Logo, a empresa pode investir de tempos em tempos na contratação de profissionais que vão ajudar a melhorar o preparo físico de seus funcionários. Um bom fisioterapeuta ou educador físico pode ser útil para ajudar na prevenção do estresse ocupacional.

Além disso, estimular práticas como alongamento e massagens pode ajudar na melhora do bem-estar de todos.

– Leia também: 3 benefícios da tecnologia para clínicas de saúde ocupacional

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