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Eixo cardíaco no ECG: como identificar e fazer o cálculo?

por Leandro Reis / Há 2 anos
Eixo cardíaco no ECG: como identificar e fazer o cálculo?

A realização adequada do cálculo do eixo cardíaco no ECG é fundamental para a realização correta do laudo médico do exame. Isso porque essa leitura influencia diretamente na identificação de anomalias cardíacas, logo, deve ser interpretada com o máximo de atenção. 

Ao longo deste artigo vamos falar tudo sobre o assunto. Continue a leitura e confira:

  • Como é feita a avaliação durante o eletrocardiograma 
  • Erros comuns nos laudos de ECG
  • Como fazer o cálculo do eixo cardíaco no ECG?
  • Como é feito o eletrocardiograma com laudo por meio da Mais Laudo?

Como é feita a avaliação durante o eletrocardiograma 

Durante o eletrocardiograma (ECG), são registradas as variações dos potenciais elétricos gerados no meio extracelular proveniente da atividade cardíaca. Nesse sentido, são gerados ondas características denominadas de P, Q, R, S e T.

As ondas P com amplitude de 0,25mV correspondem à despolarização atrial, situação em que precede a contração dessa parte do coração, enquanto as ondas Q, R e S referem-se à despolarização ventricular em diferentes dimensões e intervalos. Ao final, a onda T é resultado da repolarização ventricular.

Porém, a primeira etapa do ECG consiste em mensurar a frequência cardíaca do indivíduo, que deve estar no intervalo entre 60 a 100 bpm (batimentos por minuto). Em seguida, avalia-se o ritmo cardíaco, resultado dos cálculos obtidos entre os R.

Os demais pontos se referem ao intervalo P – R, que para ser considerado fisiológico, ou seja, sem anormalidades, deve situar-se entre 0,12 a 0,20 segundos. E o complexo QRS, que deve durar até 0,12 segundos.

Assim, ao final da análise das ondas, o profissional deve detectar áreas importantes referentes à frequência, ritmo, eixo, hipertrofia e infarto. A partir da impressão do ECG em papel milimetrado será possível apurar esses fatores.

– Leia também: Aprenda a escolher um aparelho de ECG para seu consultório ou clínica

Erros comuns nos laudos de ECG

Existem alguns erros comuns que podem ocorrer na interpretação e no laudo do ECG. Alguns exemplos incluem:

  • Identificação incorreta das ondas: a identificação incorreta das ondas do ECG (por exemplo, confundir a onda P com a onda T) pode levar a uma interpretação incorreta do ritmo cardíaco;
  • Falha na análise da duração e amplitude das ondas: a análise incorreta da duração e amplitude das ondas do ECG pode levar a uma interpretação incorreta do ritmo cardíaco e a subestimação ou superestimação da gravidade da doença cardíaca;
  • Falha na identificação de arritmias cardíacas: arritmias cardíacas são comuns e podem ser difíceis de identificar no ECG;
  • Falha na avaliação do eixo cardíaco: a avaliação do eixo cardíaco é importante para diagnosticar problemas cardíacos, como hipertrofia ventricular;
  • Falta de informações clínicas: a interpretação do ECG deve ser feita em conjunto com informações clínicas relevantes, como idade do paciente, sintomas cardíacos, medicamentos em uso, entre outros.

Portanto, é fundamental que o laudo do eletrocardiograma seja realizado por um profissional qualificado e experiente, que tenha conhecimento adequado para a elaboração correta do resultado.

– Leia também: Diretriz ECG: Confira as principais orientações da SBC para o exame

Como fazer o cálculo do eixo cardíaco no ECG?

O cálculo do eixo cardíaco deve ser realizado após a liberação das imagens do exame. Para realizar essa análise, são utilizadas seis derivações periféricas. Elas vão proporcionar uma visão a partir da esquerda, direita, de cima e de baixo. 

O método mais simples para realização do cálculo é a partir da divisão do plano em quatro quadrantes iguais. Feito isso, deve-se traçar vetores referentes às derivações periféricas. 

Em seguida, o cardiologista deve verificar se os complexos QRS são positivos ou negativos nas derivações D1 e aVF. O resultado será dado após observação do comportamento do complexo QRS, que pode ser: 

  • Positivo em D1 e aVF: eixo normal;
  • Negativo em D1 e aVF: há desvio extremo;
  • Positivo em aVF e negativo em D1: desvio à direita;
  • Negativo em aVF e positivo em D1: será preciso tirar a dúvida analisando D2. Se em D2 o QRS for positivo, indica eixo normal. Se for negativo, revela desvio à esquerda.

O que caracteriza eixo cardíaco no ECG normal?

Para concluir se há alguma anormalidade cardíaca, o profissional deve analisar o vetor médio no ECG. 

O ângulo resultante é medido em graus e pode ser classificado em:

  • Entre -30° e +90°: eixo cardíaco normal;
  • Entre -30° e -90°: desvio do eixo cardíaco para a esquerda;
  • Entre +90° e +180°: desvio do eixo cardíaco para a direita;
  • Entre -90° e -180°: desvio do eixo cardíaco extremo para a esquerda.

É importante ressaltar ainda que a conclusão de um diagnóstico cardíaco deve ser acompanhada de outras análises clínicas e exames complementares. 

Leia também: Ritmo sinusal no ECG: como interpretar e quais condutas tomar

Como é feito o eletrocardiograma com laudo por meio da plataforma da Mais Laudo Telemedicina?

Qualquer instituição de saúde pode contar com o suporte da plataforma Mais Laudo na emissão do laudo do eletrocardiograma online. Basta que o resultado do exame seja enviado direto do aparelho cardiógrafo da clínica para a nossa plataforma. 

Caso o seu aparelho cardiógrafo não seja digital, os resultados podem ser escaneados ou fotografados e enviados online na própria plataforma. 

Em seguida, o exame será encaminhado para um médico cardiologista que irá elaborar o ECG com laudo, disponibilizando-o na plataforma em até 12 horas úteis.

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