Mapa de Risco Hospitalar: guia completo para elaboração
Você já ouviu falar no Mapa de Risco Hospitalar? É fundamental que a sua clínica médica tenha conhecimento de suas obrigações legais, para que possa proporcionar um ambiente seguro e saudável para seus funcionários e também para os pacientes.
Mas afinal como elaborar um mapa de risco hospitalar assertivo? O que deve ser analisado? E quais são os benefícios de sua elaboração? Continue a leitura e confira o guia completo sobre o mapa de risco.
O que é um Mapa de Risco Hospitalar?
Mapa de Risco é um instrumento legal de atuação direta nos ambientes de trabalho. Seu objetivo é o estabelecimento da segurança e saúde na empresa.
Para sua elaboração deve-se haver um planejamento e estudo sobre o ambiente da sua clínica. Dessa forma, será mais fácil identificar quais são os principais riscos e ameaças presentes no ambiente.
Qual o objetivo do Mapa de Risco?
Nada mais é que se preparar para o imprevisto. Ou seja, estar preparado para qualquer situação emergencial que possa vir a acontecer. Dessa forma sua instituição irá passar por momentos de crise sem que isso afete consideravelmente o andamento dos processos.
A área da saúde é um ambiente propício à situações emergenciais, por isso mesmo o mapa de risco hospitalar se faz ainda mais necessário. Sua elaboração garante a segurança do paciente e dos profissionais envolvidos no processo.
Como elaborar o Mapa de Risco Hospitalar?
É importante que o gestor siga determinadas etapas na elaboração do mapa de risco hospitalar. Etapas essas que foram desenvolvidas pela Portaria Federal 25/1994, são elas:
1. Análise do ambiente de trabalho
Nesta etapa devem ser discriminadas as informações que constituem a organização em questão, tais como:
- Os trabalhadores: número, sexo, idade, treinamento profissionais e de segurança e saúde, jornada;
- Os instrumentos e materiais de trabalho;
- As atividades exercidas;
- O ambiente
2. Identificação dos riscos existentes na instituição, de acordo com a classificação de segurança do trabalho
Esses riscos são divididos em 5 grupos distintos, de acordo com sua natureza, sendo eles:
- Físicos
- Químicos
- Biológicos
- Ergonômicos
- Riscos de acidentes
Para facilitar o entendimento foi designado um sistema de cores para identificação dos segmentos. Confira na tabela como é feita essa classificação:
Como identificar o grau de risco?
Durante a elaboração do mapa de risco hospitalar deverão ser utilizado círculos como código para identificação do nível de risco exposto. Estes círculos devem ter tamanhos distintos, onde eles irão aumentando de acordo com a elevação dos riscos, podendo ser leve, moderado e elevado.
Pode ser responsável pelo desenvolvimento do mapa de risco hospitalar: a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), com a colaboração de profissionais da Saúde Ocupacional e Segurança do Trabalho (SOS).
3. Após o reconhecimento dos riscos existentes no ambiente, deve ser feita a identificação de possíveis medidas preventivas para aplicação. Assim como análise das medidas já existentes, como por exemplo:
- Medidas de proteção coletiva
- Medidas de organização do trabalho
- Medidas de proteção individual
- Medidas de higiene e conforto: banheiro, lavatórios, vestiários, armários, bebedouro, refeitório, área de lazer
4. Identificação dos indicadores de saúde já existentes. Ou seja, deve ser feito uma análise do histórico de casos no ambiente de trabalho, para isso será analisado questões como:
- queixas mais frequentes entre os trabalhadores expostos aos mesmos riscos;
- acidentes de trabalho ocorridos;
- doenças profissionais diagnosticadas;
5. Identificação das causas mais frequentes de ausência no trabalho:
Há algum tipo de padrão?
6. O mapa de risco hospitalar deve ser feito sobre o layout da empresa, com o devido código em círculo que irá indicar o grau de risco no ambiente.
Lembrando que aqui deve ser utilizado o sistema de cores para facilitar a identificação da natureza do risco presente no local. Ou seja, essa informação deve estar clara em cada ambiente da sua clínica médica, contendo as informações citadas anteriormente e as demais:
- Número de trabalhadores no ambiente (esta informação deve estar dentro do círculo)
- Especificação do agente. Por exemplo: químico – sílica, hexano, ácido clorídrico; ou ergonômico-repetitividade, ritmo excessivo. (também dentro do círculo)
- Intensidade do risco, de acordo com a percepção dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes de círculos
“Após discutido e aprovado pela CIPA, o Mapa de Riscos, completo ou setorial, deverá ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visível e de fácil acesso para os trabalhadores.”
Quais são os benefícios do Mapa de Risco Hospitalar?
O principal objetivo desse instrumento é a minimização dos acidentes no ambiente de trabalho.
Além disso, ações preventivas são fundamentais para evitar transtornos futuros que poderiam gerar má visibilidade para a instituição, assim como custos consideráveis de reparação de danos.
Supervisor de Vendas e Marketing na Mais Laudo. Engenheiro Civil, pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho, atualmente cursando pós-graduação em Gestão Comercial e Vendas. Com mais de 8 anos de experiência em Telemedicina, alia conhecimento técnico a uma visão estratégica para impulsionar resultados em saúde digital e inovação. LinkedIn: @leandroreismg