Sustentabilidade na saúde: telemedicina e outras práticas recomendadas

por Equipe Mais Laudo / Há 2 semanas
sustentabilidade na saúde

A sustentabilidade na saúde, assim como em vários outros segmentos, é um conceito cada vez mais relevante, especialmente diante dos desafios ambientais e do crescimento da demanda por serviços médicos acessíveis e eficientes. 

Aqui estamos falando sobre a importância de reduzir resíduos hospitalares e a necessidade de ação de medidas para minimizar os impactos no meio ambiente. 

Uma das principais inovações nesse cenário é a telemedicina, que reduz deslocamentos desnecessários, otimiza recursos e democratiza o acesso à assistência médica. 

Neste artigo, exploramos o conceito de saúde sustentável, o impacto da telemedicina e outras estratégias essenciais para tornar o setor mais eficiente e ecologicamente responsável.

O que é saúde sustentável?

Saúde sustentável diz respeito a práticas adotadas com objetivo de minimizar impactos ambientais e sociais. É importante destacar que essas medidas não comprometem a qualidade do atendimento médico. 

O conceito se baseia no equilíbrio entre três pilares: ambiental, social e econômico.

Segundo um estudo publicado da Health Care Without Harm, o setor da saúde é responsável por cerca de 5% das emissões globais de gases de efeito estufa. Esse dado reforça a importância de medidas para reduzir o consumo de energia, minimizar resíduos hospitalares e melhorar a logística de insumos médicos.

Como a telemedicina ajuda na aplicação da sustentabilidade na saúde? 

A telemedicina tem se destacado como uma das principais ferramentas para promover a sustentabilidade na área da saúde. Isso porque a prática proporciona uma série de benefícios que ajudam na otimização de recursos em saúde. Falamos sobre eles abaixo:

Redução da pegada de carbono

De acordo com o site Medicina S/A, a aplicação de práticas de telemedicina no Brasil evitou milhões de quilômetros em deslocamentos de profissionais da saúde, o que contribuiu para uma redução significativa de emissões de CO2. 

Menos desperdício de recursos

Com a telemedicina, instituições de saúde podem digitalizar seus procedimentos, como por exemplo com os prontuários eletrônicos e a emissão de laudos de exames médicos a distância. Isso contribuiu para reduzir significativamente o uso de papel e outros materiais descartáveis. 

Maior acesso à saúde

Pacientes em regiões remotas podem ser atendidos com a mesma eficiência de quem está em grandes centros urbanos, graças aos recursos da telemedicina. 

Além disso, as práticas de telessaúde também ajudam a otimizar o tempo de profissionais e pacientes, uma vez que evita longas esperas e agiliza o atendimento com as consultas remotas. 

A pesquisa da Global Market Insights projeta que o mercado global de saúde digital  deve ultrapassar os US$ 981,5 bilhões no mundo até o ano de 2032. Essa é mais uma prova da crescente busca por soluções mais sustentáveis e eficientes no setor da saúde. 

Leia também: Inteligência artificial na medicina: 8 usos e seus benefícios

Inovação e sustentabilidade: soluções para a prática médica 

De acordo com projeções apresentadas no Relatório da Pegada de Carbono da Doc24, um hospital médio no Brasil é capaz de reduzir o total de emissões de dióxido de carbono na atmosfera, equivalentes a 185,8 toneladas. Esse dado considera apenas o uso de transporte para o deslocamento das consultas e o uso de papel para receitas. 

De acordo com dados da OMS, cerca de 7 milhões de pessoas morrem por conta da poluição ambiental em todo o mundo. 90% está relacionado com a má qualidade do ar e são predominantes em países de baixa e média renda no Mediterrâneo Oriental, na Europa e nas Américas.

Além da telemedicina, diversas outras iniciativas estão sendo implementadas para fortalecer a sustentabilidade e saúde. Listamos algumas delas abaixo: 

  • Uso de energia renovável: Hospitais e clínicas podem investir em fontes de energia solar ou eólica para reduzir seu consumo energético;
  • Gestão eficiente de resíduos: Separação e descarte correto de materiais hospitalares diminuem a contaminação e os impactos ambientais;
  • Hospitais sustentáveis: Construções que utilizam iluminação natural, ventilação eficiente e materiais ecológicos ajudam a reduzir o consumo de energia;
  • Automação e inteligência artificial: Tecnologias avançadas ajudam a prever surtos epidemiológicos, melhorar a distribuição de medicamentos e otimizar atendimentos.

A combinação de inovação tecnológica e práticas sustentáveis é essencial para construir um setor de saúde mais eficiente e responsável com o meio ambiente.

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