Eletroencefalograma com sedação: como funciona e indicação

por Leandro Reis / Há 5 dias
eletroencefalograma com sedação

O eletroencefalograma com sedação é um exame utilizado para avaliar a atividade elétrica cerebral em pacientes que têm dificuldade de permanecer imóveis ou adormecer durante o procedimento. 

Portanto, essa é uma abordagem especialmente útil em crianças pequenas e idosos, por exemplo. Neste artigo, explicamos como o exame funciona, quando é indicado e quais são seus riscos e benefícios.

O que é EEG com sedação?

O eletroencefalograma (EEG) com sedação é um exame que monitora a atividade elétrica do cérebro enquanto o paciente está sob efeito de um sedativo leve. É uma técnica que facilita a obtenção de um registro adequado do padrão neural, principalmente em casos em que o EEG convencional não conseguiu captar dados suficientes, muito por conta da dificuldade do paciente de permanecer imóvel. 

O EEG é um procedimento não invasivo e indolor, amplamente utilizado para detectar distúrbios cerebrais, como epilepsia, encefalite e alterações neurológicas.

Além disso, pode ser realizado com fins específicos, como atestar a capacidade para a realização de determinadas funções — por exemplo, pilotar aviões —, para acompanhar um paciente durante uma cirurgia ou sob efeito de anestesia e, também, para identificar distúrbios do sono.

Quando é indicado o EEG com sedação?

O EEG com sedação é indicado em situações como:

  • Recém-nascidos, lactentes e crianças pequenas: dificuldade para adormecer em ambiente hospitalar pode comprometer a qualidade do exame;
  • Pacientes com transtornos psiquiátricos: ansiedade crônica, hiperatividade ou outras condições que dificultam a colaboração durante o exame;
  • Casos de EEG em sono e vigília sem sucesso: quando não foi possível registrar a atividade cerebral durante o sono espontâneo;
  • Monitoramento de distúrbios do sono: avaliação de patologias como narcolepsia ou apneia do sono.

Nesses casos, o uso controlado de sedativos permite a obtenção de resultados mais precisos, o que garante um diagnóstico eficiente.

– Leia também: Qual a diferença entre eletroencefalograma ocupacional e clínico?

Como é feito o EEG com sedação?

O procedimento segue etapas específicas para garantir a segurança do paciente e a qualidade dos registros cerebrais.

1. Preparação

Antes do exame, o médico verifica o histórico clínico do paciente, incluindo alergias e uso de medicamentos. Também é comum orientar um período de jejum antes da sedação.

2. Aplicação dos eletrodos

O paciente deve se deitar em uma maca, e os eletrodos são posicionados no couro cabeludo com o auxílio de uma pasta condutora. O ambiente é mantido tranquilo e com pouca luz para favorecer o relaxamento.

3. Administração da sedação

O sedativo é administrado via oral ou intravenosa, conforme a necessidade do paciente. O objetivo é induzir o sono sem comprometer a segurança.

4. Registro da atividade cerebral

Durante o exame, o equipamento registra os impulsos elétricos do cérebro, captando padrões anormais que podem indicar doenças neurológicas.

5. Recuperação pós-exame

Após a finalização, o paciente permanece em observação por alguns minutos para monitoramento de possíveis reações adversas ao sedativo. É recomendado repouso e alimentação leve no restante do dia.

Riscos e benefícios da sedação durante o EEG

A sedação no EEG apresenta vantagens significativas, mas também envolve alguns pequenos riscos que devem ser considerados pela equipe médica.

Riscos

Embora seja um procedimento seguro, podem ocorrer efeitos colaterais, como:

  • Queda da pressão arterial e da frequência cardíaca;
  • Obstrução das vias aéreas;
  • Reações alérgicas ao sedativo;
  • Náuseas ou tontura após o exame.

Por isso, o exame deve ser realizado em ambiente preparado para atendimentos de emergência, além de ser monitorado por profissionais especializados. 

Benefícios

Por outro lado, a sedação oferece vantagens importantes, como por exemplo:

  • Maior precisão no diagnóstico: reduz interferências causadas por movimentos involuntários;
  • Experiência mais confortável para o paciente: especialmente útil em crianças e indivíduos com transtornos neurológicos;
  • Menor necessidade de repetição do exame: aumenta a chance de obter dados suficientes na primeira tentativa.

Uso de telemedicina para otimizar o  eletroencefalograma com sedação

Atualmente, avanços tecnológicos fizeram surgir soluções inovadoras como a telemedicina, possibilitando a otimização de exames como o EEG e facilitando os processos operacionais em uma clínica. 

Nesse caso, o EEG pode ser realizado localmente por um técnico e laudado remotamente, à distância, eliminando a necessidade de ter um médico especialista na equipe.

Equipamentos de ponta são excessivamente caros e exigem profissionais capacitados para operá-los, limitando a possibilidade de que clínicas menores ofereçam determinados exames. 

O uso da telemedicina permite que mais clínicas ofereçam serviços como o EEG, por meio da redução dos custos dos procedimentos, do investimento em equipamentos e pessoal, e do processo para a confecção de laudos.

Além disso, o ganho de qualidade e agilidade na entrega do laudo de eletroencefalograma confere um diferencial à empresa, que se destaca da concorrência e amplia sua capacidade de atendimento, aumentando o volume de pacientes.

Na Mais Laudo, garantimos laudos eletrônicos rápidos e confiáveis, emitidos por especialistas qualificados. Isso proporciona mais agilidade e segurança na obtenção dos diagnósticos.

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