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Exame Eletrocardiograma (ECG): o que é, para que serve e qual sua importância

por Leandro Reis / Há 5 meses
Exame Eletrocardiograma (ECG): o que é, para que serve e qual sua importância

Saber o que é o exame eletrocardiograma, o ECG, e quais dados interpretar a partir desse exame é importante para os indivíduos e profissionais da segurança do trabalho. Os motivos para tal importância estão no fato de refletir a saúde cardiovascular e apontar para algumas anormalidades cardíacas.

Isso porque a saúde do coração deve ser vista como prioritária, pois garante vitalidade e disposição para as atividades laborais, além de prevenir danos clínicos em longo prazo, o que resultaria em faltas frequentes e aposentadoria precoce.

Além disso, o ECG é um exame que pode detectar problemas em estágios iniciais, o que favorece a intervenção precoce, a qualidade de vida e o retorno às atividades profissionais, se necessitar de afastamento.

Quer entender um pouco sobre o eletrocardiograma (ECG)? Então acompanhe esse post e confira:

  • O que é o eletrocardiograma (ECG)?
  • Para que serve o exame eletrocardiograma?
  • Como esse exame é feito?
  • Como ler e avaliar o eletrocardiograma?
  • Resultado do eletrocardiograma (ECG): quais os obtidos?
  • Qual é a importância desse exame?

O que é o o eletrocardiograma (ECG)?

Trata-se de um exame que avalia a condutividade elétrica do coração, responsável pela contração do músculo e liberação de sangue para todos os órgãos e tecidos para manutenção do aporte de energia.

As substâncias responsáveis pela condutividade elétrica do coração são os íons sódio e potássio, que transitam entre as células cardíacas (cardiomiócitos) e promovem os batimentos por meio da contração e relaxamento do coração.

A contração faz pressão para o sangue passar pelas artérias e ser distribuído para todo o organismo e o relaxamento facilita o enchimento desse líquido para que o processo ocorra novamente.

Para que serve o exame eletrocardiograma?

O exame eletrocardiograma detecta anormalidades na condutividade elétrica do coração e pode ajudar a identificar doenças nesse órgão. Isso porque avalia a funcionalidade do músculo cardíaco e se ela está adequada conforme os sintomas relatados pelo indivíduo.

Muitas doenças cardíacas são detectadas precocemente mediante a realização desse procedimento, o que diminui as complicações em longo prazo e garante melhor qualidade de vida.

Além disso, o eletrocardiograma pode complementar outros exames, tais como teste ergométrico e o doppler, que podem ser solicitados pelo médico a fim de obter um diagnóstico mais condizente com todos os sintomas apresentados pelo funcionário na ocasião da consulta periódica no setor de medicina do trabalho.

O eletrocardiograma também pode ser requisitado em exames admissionais ou exames demissionais para avaliar a função cardiovascular, devido às condições laborais do trabalhador.

Como esse exame é feito?

Para a realização do ECG, o indivíduo deve permanecer em repouso por 5 minutos antes do procedimento, para que o resultado não sofra influência de fatores externos, tais como atividades físicas ou uso de cigarros e de preferência que ele esteja em jejum.

Em seguida, são colocados os eletrodos na parede torácica anterior (região frontal do peito), nos punhos e tornozelos, e aplica-se um gel sobre esses dispositivos para facilitar a medição da corrente elétrica.

Um ponto fundamental nesse processo é certificar-se que houve um contato efetivo da pele com o eletrodo para evitar que eles se desprendam durante o procedimento e o profissional tenha que refazer as análises.

O eletrocardiógrafo é ligado e conectado aos eletrodos por meio de fios que registrarão a atividade elétrica do coração. Após o exame, o aparelho fará a impressão de 12 visões distintas do registro quais sejam: derivações periféricas bipolares (DI, DII e DIII), derivações periféricas unipolares (aVR, aVL e aVF) e derivações precordiais (V1, V2, V3, V4, V5, V6).

– Leia também: Aprenda a escolher um aparelho de ECG para seu consultório ou clínica

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Como ler e avaliar o eletrocardiograma?

O coração funciona como uma fonte de corrente elétrica durante as atividades cotidianas, função essencial para promover a contração do músculo cardíaco e possibilitar a ejeção do sangue para as veias pulmonares.

Assim, durante o ECG, são registradas as variações dos potenciais elétricos gerados no meio extracelular proveniente da atividade cardíaca. Nesse sentido, são gerados ondas características denominadas de P, Q, R, S e T.

As ondas P com amplitude de 0,25mV correspondem à despolarização atrial, situação em que precede contração dessa parte do coração, enquanto a onda Q, R e S referem-se à despolarização ventricular em diferentes dimensões e intervalos. Ao final, a onda T é resultado da repolarização ventricular.

Porém, a primeira etapa do ECG consiste em mensurar a frequência cardíaca do individuo, que deve estar no intervalo entre 60 a 100 bpm (batimentos por minuto). Em seguida, avalia-se o ritmo cardíaco, resultado dos cálculos obtidos entre os R.

Os demais pontos se referem ao intervalo P – R, que para ser considerado fisiológico, ou seja, sem anormalidades, deve situar entre 0,12 a 0,20 segundos. E o complexo QRS, que deve durar até 0,12 segundos.

Assim, ao final da análise das ondas, o profissional deve detectar áreas importantes referentes à frequência, ritmo, eixo, hipertrofia e infarto. A partir da impressão do ECG em papel milimetrado será possível apurar esses fatores.

– Leia também: ECG online: entenda o que é, como funciona e suas vantagens

Resultado do eletrocardiograma (ECG): quais os obtidos?

O resultado do eletrocardiograma fornecerá informações sobre o ritmo de contração cardíaca e se o intervalo está dentro da normalidade. Sendo assim, pode detectar arritmias atriais ou atrioventriculares.

No primeiro caso, o problema se instala nos átrios e, com isso, dificulta o transporte de sangue para os ventrículos, evidenciando uma congestão que pode comprometer também a função pulmonar.

A arritmia atrioventricular é mais complexa, pois interfere em todo o processo de ejeção de sangue para os órgãos, causando fadiga no paciente ao menor esforço físico, sendo potencialmente fatal.

Os resultados interpretados no ECG devem ser comparados com exames clínicos prévios, com a inserção ou suspensão dos medicamentos e para avaliar a efetividade das cirurgias cardiovasculares.

Qual é a importância desse exame?

Como esse exame mede a atividade elétrica do coração, qualquer anormalidade nessa função será identificada como doença cardíaca. Assim, por meio da análise impressa do eletrocardiógrafo, será possível identificar anginas, disfunções nas válvulas e artérias bloqueadas.

Além disso, o exame eletrocardiograma serve para monitorar a evolução das doenças cardíacas já identificadas e a eficácia dos dispositivos implantados no coração, principalmente aqueles que controlam a condutividade elétrica do órgão.

Entender o que é eletrocardiograma e suas principais indicações é importante também para manter a saúde ocupacional dos colaboradores. Isso porque esse exame avalia a função cardíaca na medida em que identifica a condutividade elétrica do coração e monitora os dispositivos implantados nesse órgão.

Dessa forma, será possível identificar anormalidades cardíacas precocemente e instituir medidas preventivas que garantam a saúde e disposição do trabalhador.

E você, já implantou o eletrocardiograma como exame em sua empresa? Viu como esse exame é importante? Sabendo disso, compartilhe esse texto nas redes sociais! Assim, mais gente toma conhecimento sobre esse exame!

– Leia também: Eletrocardiograma com laudo: as vantagens do suporte da telemedicina

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