Hipertensão noturna: sintomas, causas e importância do MAPA para o diagnóstico

por Equipe Mais Laudo / Há 20 minutos
hipertensão noturna

A hipertensão noturna é um tipo de aumento da pressão arterial que ocorre durante o sono, muitas vezes de forma silenciosa e sem sintomas aparentes. Apesar de pouco percebida, ela representa um importante fator de risco para doenças cardiovasculares graves, como infarto do miocárdio e AVC. 

Por isso, é muito importante que a hipertensão noturna seja identificada rapidamente. Entre os métodos existentes, o exame MAPA (Monitoramento Ambulatorial da Pressão Arterial) é o mais preciso para esse diagnóstico. 

Neste artigo, você entenderá os sintomas, causas e riscos da hipertensão noturna, além do papel decisivo do MAPA para sua detecção.

Hipertensão noturna: o que é e por que merece atenção?

Durante o sono, é esperado que a pressão arterial reduza de 10% a 20% em relação aos níveis diurnos. Quando isso não acontece, ou quando ocorre um aumento durante a noite, estamos diante da hipertensão noturna.

Esse padrão, chamado de “non-dipper” (sem queda noturna), está associado a um risco significativamente maior de lesões em órgãos-alvo, como coração, rins e cérebro. Pacientes com esse perfil têm risco maior de eventos cardiovasculares fatais.

Sintomas da pressão alta noturna

Um dos grandes desafios é que a hipertensão noturna costuma ser assintomática. Quando surgem sinais, eles costumam estar relacionados ao sono e ao despertar, como:

  • Cefaleia matinal (dores de cabeça)
  • Cansaço ao acordar
  • Sono não reparador
  • Palpitações noturnas
  • Sudorese excessiva durante a noite

Justamente por sua natureza silenciosa, esse tipo de hipertensão costuma passar despercebido em medições feitas apenas no consultório.

Causas da pressão alta noturna

A hipertensão noturna pode ser influenciada por diversos fatores. Entre os mais comuns, estão:

  • Apneia obstrutiva do sono
  • Estresse crônico e ansiedade
  • Consumo excessivo de sal e álcool
  • Doenças renais crônicas
  • Uso inadequado de medicamentos anti-hipertensivos

Idosos e diabéticos também apresentam maior predisposição a esse tipo de alteração.

– Leia também: MAPA e Holter: entenda a diferença entre os exames

Por que o MAPA é essencial para o diagnóstico da hipertensão noturna?

O MAPA é um exame que permite o registro da pressão arterial durante 24 horas, incluindo os períodos de sono e atividade. Ele é considerado o exame mais sensível para detectar a hipertensão noturna e é recomendado pelas diretrizes da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Com ele, é possível avaliar o padrão circadiano da pressão arterial, identificando se o paciente é do tipo “dipper”, “non-dipper” ou “riser” (com aumento noturno da pressão).

Veja a seguir como funciona o exame na prática: 

Preparação:

  • O paciente deve comparecer ao serviço com a guia médica.
  • Recomenda-se evitar atividade física intensa 24h antes.
  • Deve usar roupas confortáveis para facilitar a fixação da braçadeira.

Execução do exame:

  • Uma braçadeira é colocada no braço não dominante.
  • O aparelho é programado para aferições a cada 15 ou 30 minutos.
  • O paciente segue com sua rotina habitual, anotando as atividades em um diário.
  • Durante o sono, é importante manter o equipamento em local seguro e evitar dormir sobre o braço do exame.

Após o exame:

  • O equipamento é retirado e os dados são transferidos para o software do laudo.
  • Um médico especialista interpreta os resultados e emite o laudo.

Interpretação e valores de referência

Segundo a SBC, os valores considerados normais no MAPA são:

  • Pressão média de vigília: <135/85 mmHg
  • Pressão média do sono: <120/70 mmHg
  • Pressão média de 24h: <130/80 mmHg

Valores acima indicam hipertensão, com necessidade de investigação e possível tratamento. 

– Leia também: Aprenda a escolher um aparelho de MAPA para seu consultório ou clínica

Como tratar a hipertensão noturna?

O tratamento envolve o controle dos fatores desencadeantes, como a apneia do sono e o ajuste da medicação anti-hipertensiva. Em alguns casos, a troca do horário da medicação para o período noturno pode melhorar o controle pressórico durante o sono.

Mudanças no estilo de vida também são essenciais, com redução do sal, prática de atividade física, controle do peso e evitação do álcool.

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